A França mobilizará 10 mil militares para proteger os lugares sensíveis em todo o país após a onda de atentados que deixou 17 mortos na semana passada. O comunicado foi feito pelo ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, na manhã desta segunda-feira.
As medidas foram anunciadas após uma reunião de crise com o presidente francês François Hollande, num momento em que o país busca evitar novos ataques extremistas.
Ao anunciar a operação, o ministro da Defesa destacou que "é a primeira vez em que há uma mobilização de tal amplitude em nosso território".
"Decidimos, junto ao chefe do Estado-Maior das Forças-Armadas (general Pierre de Villiers), mobilizar 10 mil homens para a proteção de pontos sensíveis em todo o território a partir de amanhã (terça-feira)", afirmou.
Segundo Jean-Yves Le Drian, que se negou a identificar quais serão esses pontos sensíveis, a mobilização dos soldados começou a ser colocada em andamento na manhã desta segunda-feira.
Do total disponibilizado para o reforço da segurança, 5 mil policiais foram mobilizados já nesta segunda-feira para proteger as 717 escolas e locais de culto judaicos na França após os atentados.
Na última sexta-feira, um ataque a uma mercearia judaica deixou quatro mortos em Paris. O crime aconteceu em meio às buscas aos dois irmãos terroristas que atacaram a revista Charlie Hebdo na quarta-feira passada.
