Força Nacional pode atuar em protesto de índios em rodovia em MT

Redação PH

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Força Nacional pode atuar em protesto de índios em rodovia em MT

O uso de equipes da Força Nacional de Segurança no protesto dos indígenas das etnias Terena e Maben-Grokrê, na BR-163, em Itaúba, a 599 km de Cuiabá, foi autorizado pelo Ministério da Justiça, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que intermedeia as negociações com os índios. O bloqueio começou na última sexta-feira (30) e, de acordo com a PRF, os manifestantes encontram-se irredutíveis.

O cacique da tribo, Wantuil Maben-Grokrê, disse ao G1 nesta quarta-feira (4) que os indígenas aguardam um posicionamento do governo federal porque a situação das comunidades no que diz respeito à saúde é caótica. "Ontem duas pessoas morreram nas aldeias por falta de remédios", afirmou.

Entre as principais reivindicações dos indígenas estão a exoneração da coordenadora da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Sanna Rochelle Aparecida Silva Sarmento, e melhorias na área da saúde. Eles reclamam, principalmente, da falta de medicamentos no Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (Dsei) que atende as comunidades da região. "Não adianta ter médicos e não ter remédios", reclamou.

Além disso, os índios das 39 aldeias da região cobram condições de transporte e reclamam da falta de combustível para os barcos e outros veículos usados pelas comunidades. Cerca de 2 mil índios vivem nessas aldeias.

O governo federal informou que não irá exonerar a coordenadora para atender o pedido dos índios, segundo a PRF. Conforme a polícia, na manhã desta quarta-feira (4), uma equipe da Força Nacional de Sinop, a 503 km da capital, irá para o trecho da rodovia onde ocorre o protesto. Antes do uso da força, a PRF disse que haverá uma última tentativa de negociação com os indígenas. "Caso não haja acordo, não restará outra alternativa se não o uso da força", informou a assessoria da Polícia Rodoviária.

Nesta terça-feira (3), a Sesai informou, por meio da assessoria de imprensa, que só irá negociar com os índios após a liberação da rodovia, mas alegou que está aberta ao diálogo.

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