Fiscais da vigilância sanitária são presos por concussão e associação criminosa em MT

Redação PH

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Fiscais da vigilância sanitária são presos por concussão e associação criminosa em MT
Foto: Reprodução

Fiscais da vigilância sanitária são presos por concussão e associação criminosa em MT

Dois fiscais da Vigilância Sanitária do município de Várzea Grande foram presos, pela Polícia Judiciária Civil, na tarde de segunda-feira (27.05), em ação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG), acusados de crimes de concussão e associação criminosa.

Os funcionários da Prefeitura, N.F.F. 51 e E.W.P. 37, foram presos em flagrante, após serem surpreendidos exigindo uma quantia em dinheiro de um comerciante para emissão do alvará sanitário de funcionamento.

As investigações iniciaram após a equipe da Derf-VG receber denúncia de um empresário do ramo de piscicultura e restaurante de Várzea Grande, que estava sendo vítima de extorsão por parte de fiscais da Vigilância Sanitária.

Diante das informações, os policiais civis do Núcleo de Investigação foram ao estabelecimento comercial, onde visualizaram o momento em que o fiscal, N.F.F., entrou na peixaria.

Os policiais ouviram o fiscal dizendo que o superintendente E.W.P. havia dado ordem para voltar e pegar o valor exigido para deixar a peixaria aberta.

O suspeito também reclamou que o valor entregue não era o combinado, uma vez que a quantia exigida era de R$ 4 mil, e não R$ 2 mil. Perguntado sobre o que estava acontecendo, o proprietário afirmou que o fiscal estava exigindo R$ 4 mil para não interditar a casa comercial. No balcão, da peixaria foi apreendido um envelope contento em dinheiro R$ 2 mil, que seria entregue ao fiscal.

A vítima relatou que há dias é extorquida pelos fiscais que, ora pegam mercadorias, ora exigem dinheiro. Conforme levantado, no dia 17 de maio o fiscal N.F.F. interditou o estabelecimento, alegando que o proprietário possuía um débito de R$ 12 mil.

No dia 22 de maio. a vítima foi até a Vigilância Sanitária, onde o fiscal E.W.P. e outro servidor disseram que poderiam reabrir o estabelecimento se fosse pago a propina de R$ 4 mil. Após os fatos, ainda no mesmo dia, o fiscal N.F.F. retornou a peixaria e desinterditou. Na ocasião, ele pegou dez pacotes de quibe de peixe.

Diante do flagrante, os investigadores encaminharam o fiscal N.F.F. à Derf-VG,. Em continuidade as diligências, os policiais lograram êxito em localizar o segundo suspeito, E.W.P., sendo que juntos, os fiscais constituem uma associação criminosa.

Na especializada, os suspeitos foram interrogados pelo delegado Guilherme de Carvalho Bertoli e autuados em flagrante delito pelos crimes de concussão e associação criminosa.

As investigações continuam para apurar suspeitas de outros fiscais da vigilância sanitária municipal, que adotam a prática criminosa de exigir propina para não multar e não interditar os estabelecimentos irregulares.

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