Fim da desoneração e safra da cana devem representar aumento do combustível

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Marcello Casal jr/Agência Brasil

Fim da desoneração e safra da cana devem representar aumento do combustível

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O combustível deve ter um aumento considerável em Mato Grosso e também em Rondonópolis, nos próximos dias.

A informação é que vários revendedores têm recorrido ao Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso) para informar sobre o recebimento de aumentos que variam entre R$ 0,15 a R$ 0,30 no litro da gasolina vendida pelas distribuidoras. Fornecedor direto dos postos, algumas distribuidoras reajustam sem justificar os motivos à revenda. O movimento é mais expressivo em postos bandeira branca.

Além disso, as usinas também apontam alta, não tão intensa, no preço do etanol, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-USP).

A validade da atual desoneração sobre os combustíveis se encerra dia 28 de fevereiro. Portanto, está previsto para março a retomada dos preços com impostos. A desoneração foi prorrogada pelo governo federal por mais dois meses após forte pressão e rumores frente à alta dos combustíveis logo nos primeiros dias do ano.

O diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares, não percebe abertura para novas desonerações. “O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que não existe nenhuma discussão sobre a desoneração dos combustíveis desde o primeiro dia de janeiro, data da posse do presidente Lula e da equipe do novo governo. Está nos noticiários”, destacou o representante do Sindicato dos Postos de Combustíveis de Mato Grosso.

Apesar da atual redução de PIS/Confins incidentes sobre operações realizadas com gasolina, gás natural veicular e etanol só terminar em 28 de fevereiro, o mercado sofre a pressão de reajustes realizados pelos distribuidores. “Também há notícias de que em algumas distribuidoras não têm volume para ofertar e o aumento é seria uma forma de segurar mais os estoques”, comenta.

O Sindipetróleo traz este esclarecimento em função da forte cobrança do Procon sobre os motivos dos reajustes, onde os postos são obrigados a entregar notas de vendas e de aquisição de combustíveis ao órgão.  

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