O proprietário de uma fazenda em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, foi multado por fiscais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) em mais de R$ 17,5 milhões por causar o desmate de 3.506 hectares de uma área de reserva legal e 11,4 hectares de área explorável, ambas sem autorização de órgão ambiental. A área desmatada está localizada dentro da propriedade rural.

Ao G1, o diretor regional da unidade desconcentrada da Sema em Tangará da Serra, Jeferson Zucchi, afirmou que a fazenda está localizada próximo à Aldeia Queimada e que a área desmatada quase atingiu a reserva indígena, o que configuraria crime ambiental. O dono da terra foi autuado em outubro e, após nova vistoria realizada na terça-feira (1º), foi constatado que ele persistia na infração e, a nova área desmatada ainda não foi quantificada pela Sema.

“Já monitorávamos essa região há algum tempo. O proprietário foi autuado no dia 13 de outubro por desmatar a área sem autorização e, depois disso, recebemos informações de que ele continuava praticando o desmatamento. A área desmatada já chegou a uma distância de apenas 1 km da aldeia indígena”, afirmou.

Conforme o diretor regional, os fiscais estimam que mais de mil hectares novos foram abertos ilegalmente pelo proprietário na região, mas, para a mensuração exata da área foi solicitado à Superintendência de Geotecnologia da Sema para que realize a dinâmica de desmate, para que uma nova autuação seja feita.

A operação desta semana foi realizada pela unidade da Sema no município em parceria com a Polícia Civil de Tangará da Serra e a Polícia Militar Ambiental de Barra do Bugres, distante 169 km da capital. Durante a operação, apenas um trato de esteiras que era utilizado para o desmate foi apreendido.

Segundo Jeferson Zucchi, uma pessoa foi conduzida para a delegacia por porte ilegal de arma, encontrada dentro de um carro na propriedade rural.

Operação foi feita pela Sema, em parceria com as polícias Civil e Militar Ambiental (Foto: Lauro Soccoloski/Arquivo pessoal)