Exportação de sucata tem forte alta em setembro puxada pela venda incomum de 41 mil toneladas para China

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Exportação de sucata tem forte alta em setembro puxada pela venda incomum de 41 mil toneladas para China

As exportações de sucata de ferro e aço, insumo usado na fabricação de aço pelas usinas siderúrgicas, tiveram expressiva alta em setembro, chegando a 97.312 toneladas, um aumento de 19,7% em relação ao mesmo mês do ano passado (81.295 toneladas) e de 75,7%  (55.377 toneladas) sobre agosto último, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Os números em setembro foram inflados por uma importação da China, país que tradicionalmente compra pouco do Brasil, de um lote grande de sucata (41.000 toneladas), fornecido por um estaleiro do Rio Grande do Sul.

“Não fosse essa exportação inesperada, haveria queda de vendas externas”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa).  Sem a China, as exportações seriam de 56.311 toneladas, redução de 30,7% ante setembro do ano passado.

As empresas de processamento e comercialização de sucatas priorizam as vendas no mercado interno, que representam mais de 90% do total produzido. As exportações, em geral, têm uma participação pequena e crescem apenas quando há dificuldades no mercado interno.

Neste ano, o Inesfa estima que o consumo das usinas siderúrgicas será cerca de 8 milhões de toneladas, próximo ao verificado em 2019, impulsionado pela retomada das indústrias e da construção civil. O número ainda está distante do pico de vendas de 2013, com 11,171 milhões de toneladas, mas já reflete uma melhoria do mercado nacional.

O Brasil, conforme o Inesfa, raramente exporta para a China. Os principais destinos do país em setembro foram a Índia, com 26.277 toneladas; Bangladesh (11.625 toneladas); e Paquistão (10.039 toneladas).

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