Ex-policiais vão a júri popular nesta quinta pela morte dos ‘Irmãos Araújo’ em Rondonópolis

Redação PH

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Ex-policiais acusados da morte dos ‘Irmãos Araújo’ serão julgados nesta quinta (14)
Ilustrativa

Ex-policiais vão a júri popular nesta quinta pela morte dos ‘Irmãos Araújo’ em Rondonópolis

Os ex-policiais acusados da coautoria nos assassinatos dos agricultores Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo, ‘Irmãos Araújo’, serão julgados nesta quinta-feira (14) em Rondonópolis.

O ex-soldado da Polícia Militar, Célio Alves de Souza e o ex-capitão Marcos Divino Teixeira da Silva serão julgados  às 9 da manhã.

O primeiro crime aconteceu no dia 10 de agosto de 1999.

Onde Brandão foi surpreendido pelo pistoleiro Hércules Araújo Agostinho (Cabo Hércules), e executado a tiros de pistola em pleno centro de Rondonópolis.

O segundo crime foi em 28 de dezembro de 2000.

Onde José Carlos foi executado, também a tiros de pistola 9 mm, no estacionamento da agência central do Banco Bradesco, no centro de Rondonópolis.

Em ambos os casos Célio Alves ajudou o pistoleiro Hércules Agostinho.

De acordo com as provas, os assassinatos dos Irmãos Araújo foram motivados pela disputa judicial de uma fazenda de 2.175 hectares.

A fazenda que fica a 70 km quilômetros de Rondonópolis, em direção a Campo Grande (MS), objeto de negócio mal sucedido entre José Carlos e Sérgio Marchett, realizado em 1988, cuja demanda até hoje se arrasta na Justiça.

O pistoleiro confesso, e já condenado, Hércules de Araújo Agostinho, apontou como mandantes dos crimes os proprietários da empresa ‘Sementes Mônica’.

Uma das provas que incriminam diretamente os mandantes foi a transferência de um veículo Gol, de propriedade da empresa “Mônica Armazéns Gerais LTDA” para um dos executores, o ex-soldado PM Célio Alves.

A transferência do carro é dado como forma de pagamento pelas mortes.

Sendo que o pistoleiro Hércules ainda reconheceu o escritório da empresa como o local onde foram pegar a documentação do veículo.

Segundo o inquérito, o ex-capitão Marcos Divino foi responsável pelo recrutamento dos pistoleiros.

CONFISSÃO DO PISTOLEIRO

Os crimes começaram a ser desvendados em setembro de 2003, pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).

Quando o cabo da PM/MT Hércules, preso para responder pelo assassinato do empresário Sávio Brandão, confessou espontaneamente a participação no assassinato dos irmãos.

‘Cabo Hércules’ não só assumiu os assassinatos dos irmãos de Rondonópolis, como participou da reconstituição dos crimes.

Ele apontou como coexecutores o ex-soldado da PM/MT Célio Alves, o ex-sargento da PM/MT, José Jesus de Freitas (morto pelos acusados Hércules e Célio), o capitão da PM/MT, Marcos Divino, como também apontou a família Marchett como mandantes dos crimes.

RECONSTITUIÇÃO DOS CRIMES

No dia 25 de outubro de 2003 foi realizada a reconstituição dos dois crimes ocorridos em Rondonópolis.

O laudo da reconstituição foi concluído no sentido de que “Não houve divergência em pontos cruciais para elucidação do caso”, possuindo 136 fotos que ilustram a dinâmica adotada pelo ex-cabo Hércules Agostinho para executar os dois irmãos.

O laudo diz ainda que há compatibilidade entre as informações dadas pelo ex-cabo em seus depoimentos e a reconstituição dos crimes.

Da mesma forma, os ferimentos encontrados em ambas as vítimas são compatíveis com a arma usada por Hércules, uma pistola de nome milímetros.

Na ocasião, Hércules reconheceu e apontou a Sementes Mônica, empresa da família Marchett.

Como o local em que ele e o ex-soldado Célio Alves receberam um veículo Gol como pagamento pela execução dos dois irmãos Araújo.

OS MANDANTES

O Inquérito Policial concluiu como mandantes dos homicídios de Brandão e José Carlos, o empresário Sérgio Marchett e a filha Mônica Marchett.

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