Ex-lutador teria usado faca para forçar sexo com a filha e a enteada, diz mãe

Redação PH

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Ex-lutador teria usado faca para forçar sexo com a filha e a enteada, diz mãe

O ex-lutador de MMA, de 22 anos, preso no Amapá no dia 29 de março, sob suspeita de ter estuprado a filha de 2 anos e a enteada, de 9 anos, teria ameaçado por mais de uma vez a criança mais velha para que não o denunciasse. Ele também teria utilizado uma faca para forçar os atos libidinosos. As revelações teriam sido feitas pela própria menina de 9 anos à mãe, que denunciou o homem à Polícia Civil.

O caso aconteceu em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. O ex-lutador foi preso em flagrante dentro da própria delegacia, quando tentava, segundo a polícia, intimidar a mãe das meninas enquanto ela o denunciava. Ele negou todas as acusações.

A mãe, de 25 anos, conversou por telefone com o G1. Ela contou que soube dos supostos abusos um dia antes da prisão do homem, após o cunhado dela desconfiar ao perceber que a menina mais velha ficava trancada com o padrasto no quarto da casa onde o suspeito morava. O ex-lutador ficava com as garotas enquanto a mãe trabalhava em uma lanchonete à noite.

“Cheguei em casa e conversei com minha filha mais velha. Pedi para ela me contar toda a verdade, sem esconder nada. Ela falou: ‘mãe, o papai está mexendo comigo e pega uma faca para eu ficar com ele. Tinha medo de contar porque ele dizia que iria comprar uma arma para matar eu e a senhora’. Quando ouvi isso, comecei a chorar e não tive reação”, contou a mãe.

Relatos da vítima de 9 anos apontam que os supostos abusos aconteciam há pelo menos um ano. Segundo a mãe das meninas, o casal estava morando em casas separadas havia três semanas depois de uma briga por ciúmes por parte do ex-lutador, que continua preso no presídio de Oiapoque.

De acordo com o inquérito da Polícia Civil, o suposto estupro à menina de 2 anos foi descoberto durante o depoimento da irmã de 9 anos. Exames no hospital teriam constatado o ato libidinoso contra ambas.

A mãe conta que nunca desconfiou enquanto viveu com o ex-lutador por quatro anos. Ela lembra que o tratamento entre o agora ex-companheiro e as filhas era considerado normal, apesar dos comentários depreciativos que seriam feitos pelo suspeito em relação à enteada.

“Ele era acima de qualquer suspeita. Não desconfiava de nada. Jamais imaginava que estava ocorrendo isso, foi um choque muito grande para mim. Ele tinha o tratamento de pai, sendo presente nos estudos dela, mas não era uma companhia amorosa e nem ao mesmo tempo agressivo com as meninas. Mas sempre fazia comentários como se minha filha fosse meio desligada do mundo. Até cheguei a chamar a atenção dele por isso”, contou.

O inquérito da Polícia Civil foi entregue ao Ministério Público (MP) do Amapá em Oiapoque. O suspeito foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável e está preso no aguardo de oferta de denúncia à Justiça.

A garçonete apela para que o ex-lutador “pague na Justiça pelo que fez contra as crianças” e teme uma possível liberdade do ex-companheiro por causa das ameaças de morte.

Ela acrescenta que além de os supostos abusos terem sido confirmados em exames, o maior ‘choque’ foi em relação à filha de 2 anos por causa da idade e grau de parentesco entre os dois.

“O que mais me deixou sem chão foi em relação a filha dele, de 2 anos. Isso me chocou bastante. Quando a médica disse que o exame deu positivo, me surpreendeu ainda mais porque é a filha legítima. Fico olhando para ela hoje e penso como uma pessoa pode ser tão monstro a esse ponto”, lamentou a mãe.

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