Evento discute ações de erradicação da Amaranthus palmeri em MT

Dayanne Santana/Indea-MT

Evento discute ações de erradicação da Amaranthus palmeri em MT

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) participa da 2ª Reunião Técnica Nacional sobre Amaranthus palmeri e Catálogo de Exigências Fitossanitárias para o Trânsito Interestadual de Plantas e de Produtos Vegetais – CEFiTI, realizada de 08 a 10 de maio, em Mato Grosso. O evento é uma realização da Superintendência Federal da Agricultura em Mato Grosso (SFA-MT).

A reunião tem o objetivo de compartilhar experiências fitossanitárias entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), órgãos estaduais de defesa sanitária e pesquisadores.

A presidente do Indea, Daniella Bueno, destacou o pioneirismo no estado nas ações de erradicação da praga. “Sem dúvida alguma é um programa de sucesso. Em menos de três anos, 90% da praga já foi erradicada no estado. Um programa pioneiro e arrojado, que contou com a participação do setor produtivo e dos serviços de defesa que evitou a propagação da praga e consequentemente, prejuízos econômicos”.

O coordenador-geral de Proteção de Plantas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Paulo Parizzi, parabenizou a iniciativa dos envolvidos no programa. “Parabenizo a iniciativa da SFA-MT, Indea e Ima pelo trabalho realizado.

Uma das ações do Ministério da Agricultura foi a de incluir a Amaranthus palmeri na portaria de pragas de alto risco e estamos trabalhando uma minuta para a normatização do trânsito de máquinas usadas e uma outra normativa sobre as medidas de controle e erradicação para a Amaranthus palmeri ”.

Para o diretor executivo do Instituto Mato-grossense do Algodão, Álvaro Salles, o evento é oportuno para a troca de informações entre os agentes envolvidos. “O atendimento foi muito ágil e conseguimos reduzir significativamente os exemplares da Amaranthus palmeri, graças ao trabalho intenso do Indea e do Ministério da Agricultura. Um bom exemplo de ação conjunta do setor público com a colaboração dos produtores”.

Nos dias 9 e 10 de maio, os participantes irão visitar propriedades de Tapurah e Ipiranga do Norte, onde foram registradas ocorrências da erva daninha.

A reunião de abertura contou com a presença do superintendente Federal de Agricultura em Mato Grosso (SFA-MT), José de Assis Guaresqui, da superintendente de Cadeias Produtivas da Sedec-MT, Érika Segóvia, e do diretor técnico do Indea, Thiago Tunes.

Amaranthus palmeri

A Amaranthus palmeri é uma praga oficialmente controlada pelo estado de Mato Grosso e foi identificada em 2015, no núcleo algodoeiro Centro Norte, em áreas normalmente cultivadas com rotação das culturas de algodão, soja e milho. É o primeiro relato da ocorrência da praga no Brasil. A Amaranthus palmeri é a principal planta daninha das lavouras de algodão nos Estados Unidos.

Em 2015 foi realizado um levantamento em 33 propriedades localizadas nos municípios de Ipiranga do Norte, Tapurah, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Campo Novo do Parecis. Foram encontradas plantas em três propriedades, sendo duas em Ipiranga do Norte e uma em Tapurah.

Uma das medidas foi publicação da Instrução Normativa Indea-MT nº 086/2015, para a erradicação da erva daninha. A IN apresenta regras quanto ao trânsito de máquinas colhedoras de propriedade rural com ocorrência da praga, medida que visa evitar a disseminação de sementes da erva daninha. A saída de amostras da Amaranthus palmeri ou de solo, são permitidas mediante autorização do Indea

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