EUA: policiais são baleados em protesto contra racismo

Redação PH

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EUA: policiais são baleados em protesto contra racismo

Um protesto na cidade norte-americana de Ferguson deixou dois policiais feridos nesta quinta-feira. Eles foram baleados durante a manifestação que reclamava do tratamento que os negros recebem da força de segurança, que é formada em sua maioria por agentes brancos.

Um dos policiais foi atingido no rosto e o outro no ombro. Os tiros foram disparados quando a polícia tentava dispersar os manifestantes. Segundo o chefe de polícia do condado de San Luis, Jon Belmar, o protesto era realizado em frente a uma delegacia e pelo menos três tiros foram disparados.

Pelo menos 60 pessoas caminharam até a delegacia e alguns manifestantes bloquearam ruas e avenidas.

"Os agentes estavam no local e foram atingidos só porque eram policiais", diz.

Jon Belmar afirmou ainda que os policiais feridos, um de 32 e o outro de 41 anos, estão conscientes. Ele declarou, no entanto, que o estado de saúde dos agentes é grave.

Uma testemunha, no entanto, disse ao canal CNN que os disparos podem ter sido efetuados a uma certa distância atrás do grupo que protestava. "Atribuir isto aos manifestantes seria totalmente injusto", apontou.

Ferguson se tornou nos últimos meses o epicentro dos protestos contra o tratamento que os jovens negros recebem da polícia norte-americana.

Início da crise

Na quarta-feira, o chefe de polícia de Ferguson, Thomas Jackson, renunciou ao cargo depois que o Departamento de Justiça publicou um relatório severo sobre a morte, em 9 de agosto, de Michael Brown. O adolescente negro estava desarmado e foi atingido por tiros que partiram da arma de um policial branco, Darren Wilson.

A morte de Brown provocou protestos e um debate nacional sobre a persistência de condutas racistas na polícia dos Estados Unidos. E as manifestações ganharam força depois o policial não foi indiciado pela morte do adolescente.

O Departamento de Justiça afirmou que não possuía provas suficientes para abrir um processo contra Wilson por violações dos direitos civis federais, mas criticou a prefeitura, o departamento de polícia e a corte municipal por uma atuação com base em preconceitos raciais contra a maioria afro-americana.

A família de Michael Brown pretende apresentar uma ação contra Ferguson e também contra o policial Wilson.

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