Estudo põe em xeque o mito do ‘obeso saudável’

Redação PH

Redação PH

ter um ápice de prazer por dia reduz em 22% chances de desenvolver câncer de próstata, revela estudo

Estudo põe em xeque o mito do ‘obeso saudável’

A ideia de que é possível existir uma "obesidade saudável" foi posta em xeque por um estudo britânico que acompanhou mais de 2,5 mil voluntários durante 20 anos. Pesquisadores da University College London concluíram que mais da metade dos obesos considerados saudáveis sofrem um declínio na saúde e tornam-se pessoas não saudáveis ao longo do tempo.

O estudo acompanhou a saúde de 2.521 homens e mulheres com idade entre 39 e 62 anos. Entre os que foram definidos no início do estudo como obesos saudáveis, por não possuírem fatores de risco metabólico, 51% tinham se tornado obesos não saudáveis ao final do estudo. Outros 38% se mantiveram obesos e saudáveis e 11% deixaram de ser obesos e mantiveram a saúde. Esses resultados foram publicados no "Journal of the American College of Cardiology".

O declínio da saúde dos obesos considerados inicialmente como saudáveis foi progressivo: em 5 anos, 32% dos que foram considerados obesos saudáveis já tinham desenvolvido problemas de saúde. Em 10 anos, 41% já tinham se tornado obesos não saudáveis.

"Um pressuposto central sobre a obesidade saudável é que ela seria estável ao longo do tempo, mas agora podemos ver que adultos obesos saudáveis tendem a se tornar obesos não saudáveis em longo prazo. Cerca de metade passaram por essa transição no período de 20 anos do estudo", diz o autor principal do estudo, Joshua Bell.

Bell observa que adultos obesos saudáveis têm um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação aos adultos saudáveis com peso adequado. "A obesidade saudável é apenas um estado de saúde relativa – é apenas menos ruim do que o pior cenário. E como vemos agora, adultos obesos saudáveis tendem a se tornar não saudáveis ao longo do tempo, o que fornece mais evidências contra a ideia de que a obesidade pode ser saudável", afirma.

Os resultados mostram, para o autor, que todos os tipos de obesidade devem ser tratados, mesmo aqueles que não parecem impor nenhum risco imediato à saúde.

+ Acessados

Veja Também