Epidemia de AIDS pode reemergir segundo pesquisas

Redação PH

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Epidemia de AIDS pode reemergir segundo pesquisas

O Ministério da Saúde divulgou neste anouma pesquisa informandoque pelo menos 45% da populaçãosexualmente ativa do país não usou preservativoemrelações sexuais casuais. Os dados foram coletados no ano de 2014 erefletem nos números atuaisde casos novos de doenças sexualmentetransmissíveis, inclusive a AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Humana Adquirida),visto que, o Brasil registra um dos piores indicadoresmundiais dessa patologia. “Infelizmente, os casos de AIDS continuam aumentando e o nosso país apresenta grandes indícios de uma reemergência”, alertou o médico gestor da B2 Saúde, Francisco Vignoli.

A FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) também divulgou dados sobre o assunto e revela que a doença está longe de ser controlada no país, pois a rede de cuidados aos infectados tem sido penalizada pelo subfinanciamento do SUS e o enfraquecimento das respostas à AIDS tem aumentado no país.

Outra questão analisada refere-se aos grupos de risco. Logo no começo da epidemia,nos anos 80, a AIDS atingia principalmente os homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos, porém segundo a imunologista da Carelink, Maria Helena Pinho, esse cenário mudou. “Atualmente o termo utilizado é o ‘comportamento de risco’, pois qualquer pessoa pode ter a doença desde que tenha comportamento de risco, como por exemplo, relação sexual com pessoa infectada e sem uso de preservativos, compartilhamento de seringas e agulhas, transfusão de sangue contaminado pelo HIV’, ressalta.

“A confirmação do diagnóstico é feita apenas pelo exame de sangue.A avaliação clínica permiteque observemos alguns sintomas como, queda de estado geral do paciente, e emagrecimento inexplicável,que também cursam com a AIDS, porém a confirmação é feitasempre pela sorologia que é específica para a doença”, explica a imunologista.

Há 15 anos, a política de acesso aos antirretrovirais foi implantada. Nesta época a média de casos registrados era de mais de mil por mês. Em 2014, a ONU apontou que o índice de novos infectados pelo vírus no Brasil subiu 11% entre 2005 e 2013, tendência contrária aos números globais, que apresentou quedas.

Garantias do soropositivo

– O Sistema Único de Saúde garante o tratamento, o acesso aos medicamentos e a realização dos exames médicos necessários ao diagnóstico a todos os residentes do país.

– Nenhuma pessoa pode divulgar quem tem HIV/ AIDS sem prévia autorização, mesmo os profissionais de saúde.

– Portadores de doenças crônicas, inclusive a AIDS, têm direito à isenção do pagamento de imposto de renda, quando receber proventos de aposentadoria, reforma por acidente em serviço e pensão.

– Ninguém deve sofrer discriminação por viver com HIV/ AIDS. Caso isso aconteça, é necessário ir até uma delegacia de polícia e fazer um boletim de ocorrência ou ir à defensoria pública ou outro órgão de proteção de direitos. A OAB é um exemplo.

– As empresas não podem mais obrigar um profissional a fazer o teste de detecção de AIDS ao começar um novo emprego. Isso é lei e caracteriza crime de discriminação.

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