Na tarde desta sexta-feira (22), algumas entidades da sociedade civil organizada de Rondonópolis se reunião com o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Júnior Mendonça (PT), em busca de apoio para barrar o conjunto de quatro projetos de leis complementares de autoria do executivo municipal, que trata do realinhamento da tabela do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Rondonópolis. Onde em suma impactará no aumento do imposto, principalmente na região central da cidade, onde se concentra a maior parte do setor comercial.
Na oportunidade, estiveram presentes os presidentes do Sindicato das Indústrias da Construção da Região Sul do Estado de Mato Grosso (SINDUSCON SUL MT), da Associação Comercial Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR), do Sindicato da Indústria da Alimentação de Rondonópolis e Região Sul do Estado de Mato Grosso (SIAR SUL MT), e representantes da Federação da Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT) e do Observatório Social de Rondonópolis.
O presidente do SINDUSCON SUL MT, Flávio Garcia, destaca o momento atual nada propício para aumentar a carga de impostos para os diversos setores que serão impactados, principalmente o comércio. “Caso ocorra este aumento trará um impacto terrivelmente ruim neste momento, onde temos a economia estagnada com um repasse sem isonomia nenhuma aos percentuais indicados na proposição de mudança da tributação, sendo bom lembrar que isso já foi feito no ano passado, por isso, não havendo necessidade de outra atualização em 2023. Então é totalmente contraproducente neste momento qualquer ação de aumento de carga tributária com este momento econômico que vivemos no país”, disse.
Nesta mesma linha, o presidente do SIAR SUL MT, Omar Alberto Pereira Pinto, corrobora com o movimento das demais entidades, apelando também para o fator econômico atual do país e por consequência a cidade de Rondonópolis. “Nesta conjuntura nós vivemos uma situação complicada no Brasil todo, onde nós tivemos aumento de IPTU abusivo durante a pandemia, no ano seguinte e em 2022, e estes aumentos acumulados pensamos que dê mais de 10 anos de inflação acumulada, e hoje não tem como o prefeito falar em aumento de impostos dentro da situação econômica da nossa região e do Brasil”, pontuou.
Para a presidente da ACIR, Marchiane Fritzen, o clima apreensão toma conta do comércio local com este eminente aumento e espera a sensibilidade da Câmara Municipal para barrar este projeto. “Nós estamos aqui hoje junto ao presidente da Câmara pedir o apoio de todos os vereadores para que não ocorra este aumento. Nós estamos muito preocupados com a região central, onde está previsto novamente um aumento do IPTU, nós estamos vendo o esvaziamento daquela região do comércio de forma muito grande e se tiver outro aumento, nós acreditamos que a gente termina de vir a “óbito” aquelas empresas situadas ali”, finalizou.
Após a reunião com o vereador Júnior Mendonça ficou acordado que, uma comissão será formada pelas entidades da sociedade civil organizada para a participação na reunião da ordem do dia da próxima terça-feira(26), onde na oportunidade poderão expor suas demandas e pedir o apoio dos vereadores.