Entenda como a flutuação dos juros impacta o setor imobiliário brasileiro

Entenda como a flutuação dos juros impacta o setor imobiliário brasileiro

Em novembro, a Selic sofreu mais um corte e caiu para 5,5%. A expectativa é que a taxa sofra um novo corte antes do fim do ano, fechando 2019 em 4,5% ou 5%. Com
a redução, o mercado começou a repassar a queda para as taxas de juros aplicadas
em financiamentos imobiliários.

A queda da taxa Selic é fundamental para reaquecer o consumo das famílias, mas o
reflexo da redução demora a chegar no mercado imobiliário. Porém, após o último
corte em novembro, bancos públicos e privados já anunciaram novas linhas de crédito com taxas de juros mais baixas.

Mesmo que nos últimos anos, a Selic tenha despencado de 14,25% para 5,5%, é
preciso entender que os juros de financiamentos imobiliários não seguem o mesmo ritmo. Tanto que, somente em 2019, esse mercado está se reaquecendo e promovendo crédito mais barato para a aquisição de imóveis.

Cortes nos juros dos financiamentos pela Caixa

Antes mesmo do último corte, ainda no mês de agosto, a Caixa Econômica Federal
já havia lançado uma nova linha de crédito com juros fixos mais baixos, entre 2,95%
e 4,95% ao ano.

A Caixa é o principal banco público do país, responsável pela contratação da maioria dos financiamentos imobiliários no Brasil. A nova linha de crédito lançada em agosto, prometer reduzir os valores das primeiras parcelas do financiamento, o que amplia o acesso ao crédito.

Só neste ano, a Caixa já aplicou três reduções nas taxas de juros dos financiamentos.

Por ser o maior banco quando o assunto é financiamento imobiliário, a Caixa é um
bom termômetro do mercado, já que as suas ações colocam uma pressão maior sobre os bancos concorrentes.

Banco do Brasil acompanha Caixa na redução dos juros

Segundo maior banco público do país, o Banco do Brasil reagiu às reduções dos juros dos financiamentos aplicadas pela Caixa e anunciou novas linhas de financiamentos com juros mais baixos.

Diferentemente da Caixa, o banco pautou a queda da taxa de juros pelo prazo de
pagamento. Em resumo, quanto menor o prazo, menores são as taxas e as condições de pagamento da operação.

O banco fixou uma taxa mínima de juros de 7,99%. Essa taxa é aplicada para clientes que financiarem imóveis em até 60 meses. A maior taxa de juros do banco é aplicada para financiamentos entre 30 e 35 anos de prazo, e pode chegar a 8,45%.

Competição força bancos privados a reduzirem os juros Impulsionados pelas novas linhas de crédito com juros menores de bancos públicos, os bancos privados também passaram a oferecer opções mais acessíveis de financiamento.

Em outubro, Itaú e Bradesco reduziram suas taxas de juros. O Itaú reduziu de 8,30% para uma taxa mínima de juros de 7,45%. Já o Bradesco, reduziu de 8,10% para 7,30%.

Os bancos privados ainda devem fazer novos cortes nos juros antes do final do ano, devido aos novos cortes na taxa Selic, para aumentar a competição com os bancos públicos.

Mais 4 milhões de consumidores com acesso ao crédito

A expectativa do Banco Central é reaquecer de vez o mercado imobiliário. Para os executivos do banco e especialistas na área, os cortes de juros na taxa Selic e a queda dos juros no financiamento, devem inserir mais de 4 milhões de novos consumidores nesse mercado.

A grande maioria seria de consumidores de baixa renda, que moram de aluguel, e
que podem aproveitar as taxas mais acessíveis para realizar o sonho da casa própria. A queda nos juros pode levar a uma taxa média de 7,8% ao ano.

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