Energia solar é tema que interessa aos empresários de MT

Redação PH

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Energia solar é tema que interessa aos empresários de MT

Empresários mato-grossenses estão interessados em adotar sistemas de energias renováveis. Este interesse pode ser observado no curso Produção de Energia Solar nas Empresas, realizado pelo Sebrae MT, ontem e hoje (28 e 29), no auditório do Centro Sebrae de Sustentabilidade. Vinte e dois (22) empresários de Cuiabá e do interior participaram do curso, que abordou aspectos técnicos, legais e econômicos, e também apresentou as linhas de crédito existentes no sistema financeiro para financiar projetos de eficiência energética.

A implantação de micro e mini usinas de microgeração de energia solar em empresas, propriedades rurais, instituições, órgãos públicos e residências foi o foco do curso e esta tecnologia começa a se tornar realidade em Mato Grosso. Já não é mais um projeto para o futuro. Os custos atuais de sistemas de tecnologia solar já compensam os investimentos, que têm retorno garantido em poucos anos e mais de duas décadas de usufruto e contas de luz mais baixas ou até zeradas.

Justino Henrique Pizzato, empresário da indústria de artefatos de cimento JP de Diamantino estava no curso junto com as filhas. "Foi o primeiro curso que fiz sobre energia solar e reforçou o conhecimento que tinha sobre o assunto. Pretendo implantar em casa, mas o motivo principal de estar aqui é montar uma pequena empresa para vender os sistemas em nossa região, principalmente para produtores rurais”, informou. Ele gostou de saber especialmente das linhas de crédito do Sicredi, que também financia projetos de pessoas físicas, principal clientela que pretende ter no negócio solar.

Para João Clini, proprietário do Shopping Center 3 Américas, "o curso foi espetacular e, com certeza, vou viabilizar o projeto de implantação de uma usina solar de 1 MWp numa fazenda, e, depois, vamos estudar uma usina de 4 MWp para o shopping”. Ele ainda vai aguardar como ficarão as taxas de juros no país e as linhas de crédito para sistemas de energia renovável para decidir o melhor momento de investir em tecnologia solar.

Lázaro Borges da Silva, proprietário da farmácia homeopática Nossa Senhora de Fátima, também aprovou o curso do Sebrae MT. "Foi muito bom, porque a energia solar não é tão difícil como pensava. É interessante, vale a pena, e o que precisamos ver antes é a poupança para fazer o investimento em usina solar, porque se depender só de financiamento, fica muito pesado”, argumentou.

O empresário disse que o curso esclareceu bastante os aspectos técnicos e ficou satisfeito ao saber que em quatro anos se paga o investimento no projeto e equipamentos. "Ainda estamos começando a energia solar no Brasil. Gastamos muita energia elétrica nos negócios. Hoje, nós ganhamos não é só vendendo produtos e serviços, mas poupando custos. O curso me abriu várias perspectivas de outros investimentos. Energia solar é uma alternativa altamente viável e não podemos deixar de ter esta alternativa em mente”, enfatizou.

Crédito

Fernando Marsaro, do Banco do Brasil, apresentou no curso as duas linhas de crédito da instituição para projetos de eficiência energética destinadas a pessoas jurídicas: Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda), subsidiado com recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador-FAT; e FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) com recursos do Tesouro Nacional.

A taxa de juros do Proger é de 12% ao ano e a do FCO 11,18% ao ano. Clientes adimplentes recebem bônus de 15%, ou seja, se pagarem em dia ganham desconto nesse valor e a taxa de juros, nesse caso, cai para 9,5% ao ano, explica Marsaro.

"A linha do FCO para estes projetos foi criada, há dois anos, e a procura está aumentando para projetos de mini usinas de energia solar ”, informou. O FCO financia equipamentos, módulos solares, baterias, entre outros relacionados com eficiência energética.

Atualmente o FCO é considerada a melhor taxa de juros para a implantação de sistemas de geração de energias renováveis (solar, eólica, etc) no país. As pequenas usinas de geração solar, que podem tornar as empresas até autossuficientes em energia, estão conquistando empresários e empreendedores, afinal economizar custos está na ordem do dia, e reduzir ou até zerar os custos de energia, é o sonho de muitos, ressaltou Marsaro.

Maurício Sanderson do Sicredi CPA, nós temos linhas de crédito FCO, BNDES e da própria cooperativa voltada aos associados, para produtores rurais, pessoas físicas em geral. Temos linha exclusiva para atender a demanda de geração de energia. Taxa na faixa até 12% ao ano, até 60 meses, com carência até 3 anos. Para ter direito a este beneficio, a pessoa tem que se associar a nossa cooperativa. Para pessoa física e produtores rurai. Hoje as empresas precisam de buscar novas alternativas e tenho certeza que a geração de energia é um caminho para fazer mais com menos.

A taxa de juros da linha de crédito do Sicredi para pessoas físicas é de até 12% ao ano, com prazo de até 60 meses e com três anos de carência. Maurício Sanderson, gerente da agência do Sicredi CPA, apresentou as linhas da cooperativa e esclareceu que também trabalha com as linhas do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Banco da Amazônia

Donizete Borges de Campos, superintendente do Banco da Amazônia em MT, explicou que a instituição trabalha com as linhas do BNDES/Finame Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), com taxa de juros de 14% ao ano , prazo até 5 anos, com até 2 anos de carência, para micro pequeno média e grandes empresas.

Esta linha financia até 80% do projeto e a garantia são os próprios equipamentos e máquinas financiadas, esclareceu. Para pleitear esta linha, o empresário deve apresentar projeto da usina solar que comprove viabilidade econômica e financeira ao Banco da Amazônia e entregar a proposta de financiamento.

Para Donizete, "as empresas têm que buscar a redução de custos sistematicamente, esta é a primeira preocupação dos empresários no negócios em que está ou que vai começar. Em outros países, o uso de energia solar já está bem avançado, enquanto ainda estamos engatinhando, mas estamos começando”.

Referência e apagões

O projeto-piloto do Sebrae MT, que está para inaugurar duas mini usinas solares, no próximo mês, vai se tornar uma referência para todo o Brasil, prevê Donizete. "Já enfrentamos vários apagões no passado e no futuro não está descartado a possiblidade de acontecerem novam ente. O caminho é buscar a sustentabilidade, novas alternativas, para melhorar a qualidade de vida e evitar possíveis apagões”, disse ele.

A vida média do brasileiro está aumentando, o consumo energético junto, e a solução é realmente adotar alternativas de energia renovável. "O tempo é agora para entrar na era da energia solar, enquanto em outros países já está tão avançados . O importante é que começamos a adotar esses sistemas alternativos. É a saída para o aumento do consumo de energia, como também para a saúde dos negócios”, acrescentou Donizete.

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