Empaer pesquisa resíduo industrial de gelatina com possibilidade de uso agrícola

Empaer pesquisa resíduo industrial de gelatina com possibilidade de uso agrícola
Contrato que será assinado com a empresa PB Leiner prevê recursos na ordem de R$ 506 mi - Foto por: João de Melo | Empaer-MT

Empaer pesquisa resíduo industrial de gelatina com possibilidade de uso agrícola

O presidente da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Renaldo Loffi, esteve reunido nesta terça-feira (26.01) com representantes da PB Leiner Brasil Indústria e Comércio de Gelatinas.

A finalidade foi de firmar uma parceria para desenvolver um projeto de pesquisa sobre o uso de resíduo industrial de gelatina na agricultura familiar. Conforme Loffi, o contrato que será assinado com a empresa prevê recursos na ordem de R$ 506 mil.

A empresa é líder no mercado de gelatina e hidrolisados e possui uma unidade de fabricação no município de Acorizal (62 km ao Norte de Cuiabá).

A matéria prima utilizada é advinda do couro bovino, e durante o processo de produção são gerados resíduos denominados lodo aeróbico e resíduos sólidos. A indústria produz de 400 a 700 toneladas de resíduos por dia, que hoje são descartados em aterros sanitários.

De acordo com Renaldo, o trabalho de pesquisa será executado pela Empaer para verificar a possibilidade de uso do resíduo como fonte de fertilizante orgânico para a agricultura familiar. “Vamos pesquisar e analisar se o resíduo industrial poderá ser utilizado. Em caso positivo, os produtores terão acesso a um fertilizante orgânico de baixo custo”, esclarece.

O consultor da empresa e engenheiro agrônomo, Sebastião Júnior Rosa de Abreu, fala que a escolha da Empaer em desenvolver a pesquisa foi pela confiança no trabalho e também pela proximidade com o campo experimental situado em Acorizal.

Ele destaca que esse trabalho de pesquisa sobre os resíduos industriais vão proporcionar bons resultados e agregar valor ao solo. “Nosso resíduo não é agressivo e pode trazer retorno”, enfatiza.

O gerente de planta da PB Leiner, Xavier Guisez, comenta que a empresa produz 460 toneladas de gelatina por mês e atende o mercado nacional e internacional (Estados Unidos, Europa, Austrália e outros).

A gerente de Utilidade e Meio Ambiente da PB, Maybe Lopes Gonçalves, esclarece que o trabalho de pesquisa da Empaer vai auxiliar na melhor disposição do resíduo. “Após testado e confirmado a viabilidade  será repassado para a agricultura familiar”, salienta.

O diretor de pesquisa e fomento da Empaer, Wininton Mendes da Silva, fala que esse é um projeto piloto com prazo de 180 dias, e que vai servir como um monitoramento do uso do resíduo, com avaliação do seu impacto ambiental. E ainda esclarece que a pesquisa vai validar e fomentar o uso agrícola do lodo e resíduo sólido para fertirrigação e fertilização de feijoeiro e culturas forrageiras. “Projeto importante para o setor produtivo e com potencial de uso agrícola, é o que vamos pesquisar e conferir”, finaliza.

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