Embriagues ao volante representa 33% das autuações de trânsito na Lei Seca em MT

Embriagues ao volante representa 33% das autuações de trânsito na Lei Seca em MT
Secom-MT

Embriagues ao volante representa 33% das autuações de trânsito na Lei Seca em MT

Era madrugada do dia 10 de maio de 2009, dia das mães. Thiago Duarte Nusa, a época com 19 anos, saía de uma festa no município de Cáceres (distante 217 quilômetros de Cuiabá) conduzindo sua moto, após ter ingerido grande quantidade de bebida alcoólica.

Durante o percurso até a sua casa, o então adolescente dormiu na direção da motocicleta, colidiu em um meio fio e teve seu corpo arremessado em uma árvore. “Bati minha coluna na árvore e perdi o movimento das minhas pernas. Há 10 anos estou paraplégico”, relatou Thiago.

O fato que ocorreu com Thiago Nusa é apenas uma das situações que muitos condutores de veículos estão propensos quando dirigem sob efeito de álcool ou outras substâncias psicoativas.

Dados do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito Urbano e Rodoviário apontam 33,64% de autuações por embriaguez ao volante nas 26 edições da operação Lei Seca já realizadas este ano em Mato Grosso.

No ano seguinte ao acidente, em 2010, Thiago Duarte Nusa foi aprovado no concurso público do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) e, atualmente, além do trabalho diário, também realiza palestras sobre segurança no trânsito nas ações de conscientização da autarquia.

“Sempre ao final das palestras presto um depoimento sobre o meu acidente, os traumas ocasionados e os problemas que enfrento até hoje por consequência do meu ato”, disse o servidor.

Thiago reforça que os desafios de superação são diários e que as consequências são para o resto da vida. “Hoje procuro manter um papel social de conscientização, principalmente dos jovens, sobre o comportamento seguro para pedestres e motoristas no trânsito”, completou.

O diretor Executivo do Detran-MT, José Eudes Santos Malhado, enfatiza que a operação Lei Seca, realizada por meio da integração das forças de segurança pública e trânsito, tem como missão salvar vidas. “O fator de risco álcool e direção ainda é muito presente nas nossas operações, por isso precisamos intensificar cada dia mais as ações de fiscalização no trânsito para a segurança de todos os cidadãos”, falou.

Lei Seca

Conforme dados da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), nas 26 operações Lei Seca já realizadas este ano no Estado, foram lavrados 1.192 Autos de Infração no Transito (AITs), sendo 317 pelo artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência) e 84 pelo artigo e 165-A (recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa). Além disso, 127 pessoas foram presas em flagrante por embriaguez ao volante.

Também foram realizados 3.287 testes de alcoolemia, 348 Carteiras Nacional de Habilitação (CNHs) e 313 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLVs) foram recolhidos, além de 630 veículos removidos.

A última operação Lei Seca ocorreu no dia 7 de agosto, na avenida 31 de março, no bairro da Manga, em Várzea Grande. Dos 56 Autos de Infração de Trânsito, seis foram pelo artigo 165 (dirigir sob influência de álcool), um pelo artigo 165-A (recusar-se a ser submetido ao teste de alcoolemia). Duas pessoas foram presas.

O condutor que tiver índice de álcool no sangue superior a 0,33 miligramas por litro de ar expelido no momento do teste do bafômetro será preso, pagará multa no valor de R$ 2.934,70 e terá a CNH suspensa, além de responder por crime.

A operação Lei Seca é coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI-E) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e realizada de forma integrada entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), o Batalhão de Trânsito Urbano e Rodoviário da Polícia Militar, Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran) da Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros, Politec, Ministério Público do Estado, Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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