Dos 212 casos suspeitos de microcefalia notificados em Mato Grosso até o dia 30 de abril, 77 foram descartados, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Saúde do estado na quinta-feira (5). Quinze casos da malformação foram confirmados, sendo 10 somente em Rondonópolis. Outros 120 permanecem em investigação, sendo a maioria também em Rondonópolis (63) e na capital (16).
A microcefalia faz com que bebês tenham cérebro menor do que o tamanho normal.
De acordo com o boletim da SES, a maior parte dos casos investigados e descartados é de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, com 45 notificações.
Os 120 casos que ainda permanecem sendo apurados estão distribuídos, além de Cuiabá e Rondonópolis, em outras em 21 cidades, entre elas Cáceres (5), Paranatinga (3), Várzea Grande (3), na região metropolitana, Sapezal (3) e Barra do Garças (1).
Mudanças no critério
A pasta da Saúde informou ainda que, a partir desta semana, os casos de recém-nascidos que tiveram crânio igual ou superior a 32 cm não serão mais notificados como suspeitos de microcefalia.
A medida será tomada porque o Ministério da Saúde mudou, segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde, o critério para considerar a microcefalia em bebês. A medida do perímetro cefálico passou de 32 cm para 31,9 cm em meninos e 31,5 cm para meninas.
Vírus da zika
Estudos ligam os casos de bebês que nascem com microcefalia com a infecção das gestantes pelo vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Em Mato Grosso, conforme o último boletim da SES, já são 20.309 casos suspeitos da doença no estado, o que significa 621 casos a cada 100 mil habitantes. Pelo menos 85 dos 141 municípios de Mato Grosso estão com alta incidência do vírus.
