A Câmara de Vereadores aprovou, durante a sessão desta quarta-feira (12), diversos projetos de autoria do Executivo em meio a polêmicas. Entre as propostas, destacam-se a futura lei que permite ao servidor municipal ampliar sua carga horária de trabalho e a autorização para a venda de uma área da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), cujos recursos serão destinados ao pagamento dos servidores da empresa municipal.

No mesmo bloco, também foram aprovados recursos para a Santa Casa e outros projetos controversos, como a reforma administrativa da Saúde e a proposta que reduz os volumes financeiros das Requisições de Pequenos Valores (RPV).

O vereador Angelo Bernardino de Mendonça Júnior (PT), conhecido como Júnior Mendonça, criticou o fato de as medidas terem sido votadas em bloco, considerando a ação uma “manobra ilegal”. O presidente da Câmara, Paulo César Schuh (PL), rebateu a acusação, afirmando que o próprio Júnior Mendonça já utilizou esse expediente no passado. Mendonça retrucou dizendo que o contexto atual é diferente e que a situação dos servidores estava em jogo.

A proposta que altera as RPVs gerou reclamação por parte do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sispmur). O presidente da entidade, Reuber Teles, utilizou a tribuna para manifestar a posição contrária da categoria em relação ao projeto.

Durante a discussão, a vereadora Kalynka Meirelles (PL) apresentou uma emenda para garantir que as cobranças judiciais aprovadas antes da nova regra das RPVs mantenham sua validade. Já a vereadora Mariuva Valentim Chaves (MDB) solicitou a retirada de urgência do projeto que cria cargos na Saúde, mas o pedido não foi acatado.

As propostas foram aprovadas em bloco com 19 votos favoráveis e dois contrários, sendo os votos de oposição registrados pelos vereadores Júnior Mendonça e Ary Campos.