Em bebês, bactérias comuns são tão perigosas quanto ‘supermicróbios’

Redação PH

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Em bebês, bactérias comuns são tão perigosas quanto ‘supermicróbios’

Bactérias infecciosas vulneráveis a antibióticos infectam mais que o dobro do número de bebês contaminados com "supermicróbios" e são capazes de matar tantas crianças quanto suas primas resistentes, conclui um novo estudo.

O trabalho, realizado pela Universidade Johns Hopkins, de Baltimore, mostra um cenário diferente daquele verificado em adultos, para os quais as bactérias resistentes são muito mais mortais.

Em artigo publicado na revista médica "JAMA Pediatrics", os médicos alertam para a necessidade de se tomar medidas mais emergenciais nos casos de crianças pequenas infectadas com patógenos como aStaphylococcus aureus, uma das bactérias mais comuns em infecções hospitalares.

Esse micróbio existe tanto em linhagens resistentes quanto em mais vulneráveis, mas ambas devem despertar preocupação, afirmam os autores. Em adultos, as variedades mais fortes costumam resistir aos chamados antibióticos de primeira linha, e até drogas mais fortes serem receitadas a infecção pode avançar desenfreadamente. Mas em crianças, que possuem sistema imune imaturo, mesmo as bactérias comuns podem avançar sem controle.

"Um micróbio vulnerável a antibióticos não é necessariamente menos letal", afirma Aaron Milstone, médico que liderou o estudo, em comunicado à imprensa. "Se não detectadas e tratadas logo, infecções sanguíneas invasivas com Staphylococcus encontradas em jardins podem causar tanto dano em um recém-nascido quanto uma linhagem resistente a antibióticos."

O médico sugere agora mudanças de procedimento em UTIs neonatais. Em bons hospitais, já é costume fazer uma varredura em pacientes para detectar infecções por linhagens resistentes de estafilococos, mas a mesma medida precisa ser feita com linhagens mais comuns.

Os resultados da pesquisa foram obtidos após monitorar os prontuários médicos de mais de 6.200 bebês infectados com diferentes linhagens de estafilococos em diversos hospitais dos EUA. A taxa de mortalidade com as variedades mais agressivas (12%) foi ligeiramente maior do que aquela para variedades mais comuns (10%).

A taxa geral de infecção em geral é baixa em bons hospitais – média de menos de 0,5% nos EUA — mas ainda assim a descoberta inspira preocupação, afirmam os médicos.

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