Em 2019, 38 crianças e adolescentes vítimas de violência sexual são atendidas na rede socioassistencial em Rondonópolis

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Em 2019, 38 crianças e adolescentes vítimas de violência sexual são atendidas na rede socioassistencial em Rondonópolis

No próximo sábado 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Com a data, se busca intensificar a prevenção, levando informações a toda a população na intenção de coibir estes crimes que atingem um grande número de crianças e adolescentes em todo o país e que precisam do envolvimento de toda uma rede estruturada na recuperação psicossocial das vítimas e famílias.

Somente em Rondonópolis, em 2019, o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), está atendendo 38 crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual e suas famílias. Destas, 47% têm entre sete e 12 anos e 21% são do sexo masculino, sendo a maioria do sexo feminino.

No Creas, as vítimas contam com apoio de assistentes sociais, psicólogas e pedagogas, que realizam atendimentos individuais com vítimas e familiares e oficinas em grupo que buscam trabalhar o enfrentamento do problema vivido. Dependendo do grau de dificuldade do enfrentamento da situação da vítima, o Creas também pode encaminhá-la para instituições parceiras como a Unic, UFMT e Centro de Reabilitação Nilmo Junior, para que contem com atendimento ainda mais especializado.

O sistema de atendimento socioassistencial conta ainda com o abrigamento, que em 2019 está com seis crianças e adolescentes, cinco vítimas de abuso sexual e uma de exploração sexual. Para o abrigamento, são destinadas as crianças e os adolescentes que precisam ser afastados do lar como medida protetiva contra o agressor. Essas vítimas, ficam no abrigamento até poderem ser reintegradas à família ou colocadas em família externa.

A gerente do Departamento de Proteção Social Especial, Fabiana Rizati Perez, explica que o atendimento no Creas começa depois que o abuso ou a exploração sexual foram confirmados. Ela explica que nem sempre a violência sexual contra crianças e adolescentes é comprovada por um exame físico. Há casos em que a confirmação á feita por meio de depoimento e investigações. “Há formas diferentes da violência sexual, que nem sempre envolve a penetração e que por isso, pode não deixar marcas físicas na criança e no adolescente”, ressalta.

No caso da exploração sexual, por exemplo, ela se caracteriza na utilização de crianças e adolescentes para a prática de ato sexual, por meio da relação de atividade econômica para fins de lucro ou troca, envolvendo dinheiro, presente ou alimentos. Ocorre nas formas de pornografia, tráfico, turismo e exploração/prostituição sexual.

Sobre o abuso sexual, Fabiana destaca que em 90% dos casos o abusador é uma pessoa bastante próxima da criança e do adolescente, podendo ser um membro da família ou um conhecido próximo.

Todos podem contribuir e a denúncia é muito importante, assim como a prevenção. Portanto, quem souber de algum caso pode procurar o Conselho Tutelar, a Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente, a Polícia Militar, ligando no 190, ou ainda pode ligar no disque denúncia nacional – Disque 100.

Mobilização

No sábado (18), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, acontece concentração na Praça Brasil a partir das 8h, seguida de uma caminhada pelas principais ruas do centro, que é organizada pela Prefeitura de Rondonópolis, a Vara da Infância e da Juventude, os Conselhos Tutelares, da Criança e do Adolescente, e da Mulher, a Pastoral da Mulher Marginalizada, a Polícia Militar e o Ministério Público do Estado (MPE), entre outros.

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