Dr. Leonardo quer transformar corrupção na saúde em crime hediondo

Dr. Leonardo quer transformar corrupção na saúde em crime hediondo

Dr. Leonardo quer transformar corrupção na saúde em crime hediondo

Médico por formação, o deputado federal Dr. Leonardo (Solidariedade) protocolou nesta terça-feira (05.02) na Câmara Federal uma proposição (PL 379/2019) que insere no rol dos crimes hediondos (Lei nº 8.072/1990) os crimes de associação criminosa, corrupção ativa
e passiva, peculato, e os crimes contra licitações relativos a contratos, programas e ações nas áreas da saúde pública.

Chamado de PL em Defesa da Saúde, esse é o primeiro projeto do parlamentar que, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, presidiu a CPI da saúde, cujo trabalho revelou rombo de mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos.

A proposta, que também é a primeira protocolada por parlamentar da bancada mato-grossense, altera ainda a Lei das Licitações (Lei nº 8.666/1993), a Lei que trata das organizações criminosas (Lei nº 12.850/2013) e a Lei da Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) para agravar a pena por ato ilícito que tenha causado prejuízo à saúde pública.

“Chego à Câmara Federal com grande missão de, entre outros temas, ser um defensor ferrenho da saúde pública de qualidade. Não há dúvida de que a melhoria dos indicadores da saúde pública passa pelo combate vigoroso à doença da corrupção. Presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos e consagrado na Constituição brasileira, o direito à saúde é um direito fundamental, obrigação do Estado. Por isso, precisamos trabalhar muito”, afirmou o deputado.

A proposta deve seguir dois ritos: ser apensado ao projeto aprovado no Senado em 2013 e que até hoje aguarda votação no Plenário da Câmara, e também deve virar uma emenda ao pacote de projetos apresentado pelo ministro Sérgio Moro para combater corrupção. O
deputado de Mato Grosso pretende intensificar as articulações para colocar os projetos em apreciação na Casa.

“As pessoas sabem que a boa aplicação dos recursos públicos resultará em melhores hospitais, na redução do tempo de espera por consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos que vão garantir o direito à saúde. Por isso, cobram com razão, medidas efetivas da classe política. Essa dinâmica de encontrar soluções céleres para os problemas é justamente o que me motivou a conciliar a experiência de médico da rede pública com o mandato parlamentar”, reforça Dr. Leonardo.

Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o então deputado estadual teve a missão de conduzir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Organizações Sociais de Saúde (OSSs), também conhecida como CPI da Saúde, instalada em agosto de 2015. Com o Projeto de Resolução 200/2016, a comissão revelou roubo de mais de R$ 200 milhões dos cofres públicos e serve como base para investigações do Ministério Público e da Delegacia Fazendária.

“Foi um trabalho árduo, realizado ao longo de mais de 12 meses e que reuniu mais de 30 mil páginas. O relatório final da nossa investigação foi encaminhado para o Ministério Público do Estado (MPE), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Secretaria de Estado de Saúde (SES) para medidas cabíveis. Estamos muito motivados a continuar este trabalho no Congresso Nacional”, finalizou Dr. Leonardo.

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