Dr. João defende a construção de clínica pública para o tratamento de jovens

Dr. João defende a construção de clínica pública para o tratamento de jovens

O deputado estadual Dr. João (MDB) apresentou em sessão plenária, no último dia 11 de março, a Indicação 1074/2020 sobre a necessidade de construir e implantar uma clinica pública para o tratamento de jovens com dependência de álcool e drogas em Mato Grosso.

O parlamentar faz o alerta para o alto índice de jovens que utilizam essas substâncias. Além de prejudicar a saúde, as consequências geram diversos problemas sociais, inclusive acidentes de carro, desentendimentos em casa e nas ruas, dentre outros transtornos.

Segundo o Dr.João, a maioria desses jovens não tem acesso a tratamento adequado na rede pública de saúde (SUS). “Poucos conseguem atendimento por meio de convênio ou mesmo particular, a dificuldade começa no atendimento, depois para onde encaminhar, tratar e dar a assistência necessária para esses adolescentes”, afirma o deputado.

O fato de não haver tratamento adequado aponta para consequências sérias no futuro. Em Mato Grosso,m os pacientes têm como opção pública (gratuita) apenas o atendimento ambulatorial nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou internações curtas em hospitais gerais, para desintoxicação.

“Esse sistema tem se mostrado insuficiente, pois não consegue atender a demanda, nem em quantidade e nem em qualidade. O número de usuários de drogas é crescente. Se ações não forem implementadas para tratar, principalmente, os jovens, mais e mais presídios terão que ser construídos,” adverte o parlamentar.

Em pesquisa feita pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), com apoio da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), constatou que os estudantes de escolas públicas estão usando drogas cada vez mais precocemente. Crianças de 10 anos de idade começam a ter contato com as drogas – e o álcool, na maioria das vezes, é a porta de entrada para o vício. A maioria dos usuários está na faixa de 16 anos de idade. Na faixa etária de 10 a 12 anos, 12,7% dos estudantes já usaram algum tipo de droga na vida. Quase a metade dos alunos pesquisados (45,9%) cursa uma série que não é adequada à sua idade.

A pesquisa constatou que a defasagem escolar é maior entre os que consomem drogas, quando se compara com o grupo de alunos que não consome. O total de estudantes que usam drogas, na rede estadual de ensino, é de 22,6%. As substâncias mais procuradas são os solventes, a maconha, os remédios para diminuir a ansiedade (ansiolíticos), os estimulantes (anfetaminas) e os remédios que atuam no sistema nervoso central parassimpático (anticolinérgicos). Entre os meninos, a maconha é a primeira da lista e, entre as meninas, o consumo maior é de estimulantes. Os jovens envolvidos com substâncias entorpecentes apresentam sintomas de transtornos mentais graves, como hiperatividade ou desatenção, transtornos de aprendizagem ou bipolar, depressão, irritabilidade e comportamentos desafiadores.

O mal das drogas atinge a humanidade principalmente de quatro formas: primeira, a pessoa-usuária, que vive amarrada a um sistema de criminalidade para adquirir a droga, substância destruidora de sua própria saúde; segunda, a família da pessoa-usuária, que, dia após dia, é massacrada pelo sofrimento de acompanhar um ente querido destruir paulatinamente a própria vida, em razão de sua dependência química; terceira, o Estado, por assistir sua autoridade sendo afrontada e confrontada pela ação dos traficantes; e quarta, a sociedade, que vive aterrorizada pelas ações criminosas, movidas em torno do tráfico de drogas: furta-se, rouba-se e mata-se em decorrência da droga.

Assim sendo, pelos motivos expostos o deputado Dr.João entende por ser de fundamental importância à construção e a implantação de uma clínica pública em Mato Grosso.

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