Dólar cai e fica abaixo de R$ 3,30 após governo divulgar meta fiscal

Redação PH

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Dólar cai e fica abaixo de R$ 3,30 após governo divulgar meta fiscal

O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (8), com investidores enxergando na meta fiscal para 2017 um sinal de comprometimento do governo com o aperto na economia, e reagindo à ausência do Banco Central após cinco dias de intervenção no mercado para sustentar as cotações.

Às 15h50, a moeda norte-americana caía 2,23%, vendida a R$ 3,2909.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h10, queda de 0,87%, a R$ 3,3365
Às 9h30, queda de 1,12%, a R$ 3,3279
Às 9h40, queda de 1,63%, a R$ 3,3109
Às 9h49, queda de 1,78%, a R$ 3,3059
Às 10h10, queda de 1,82%, a R$ 3,3046
Às 10h20, queda de 1,98%, a R$ 3,299
Às 10h49, queda de 1,87%, a R$ 3,3027
Às 11h09, queda de 2,1%, a R$ 3,2952
Às 12h20, queda de 2,17%, a R$ 3,2927
Às 13h29, queda de 2,11%, a R$ 3,2948
Às 14h40, queda de 2,16%, a R$ 3,2932

A última vez que a moeda norte-americana fechou o dia abaixo de R$ 3,30 para venda foi no dia 4, a R$ 3,2649.

O real era de longe a moeda com maior valorização entre os principais mercados emergentes, segundo a Reuters. O apetite por ativos de risco voltava nesta sessão após o mercado de trabalho dos Estados Unidos recuperar com força em junho, mostrando robustez na maior economia do mundo.

O dado fez com que operadores apostassem que o Federal Reserve, banco central norte-americano, ainda evitará elevar os juros enquanto avalia as consequências da decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.

"Temos tudo hoje: fiscal, exterior, BC. Tudo colabora para trazer o dólar de volta a esses R$ 3,30", resumiu o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira, à Reuters.

O governo definiu na quinta-feira meta de déficit primário de R$ 139 bilhões para o governo central em 2017, abaixo do rombo de R$ 170,5 bilhões previsto para este ano. No entanto, não especificou como vai cumprir o esforço fiscal de R$ 55,4 bilhões necessário para atingir o objetivo.

Interferência do Banco Central

Preocupações com a possibilidade de o presidente em exercício Michel Temer se contentar com uma meta pouco ambiciosa haviam contribuído para elevar o dólar em relação ao real nas últimas cinco sessões. A moeda norte-americana foi amparada também pela intervenção do BC, que vendeu em cada um dos dias 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.

Mas o BC não anunciou qualquer intervenção para esta sexta, o que contribuía para trazer alívio ao câmbio. De maneira geral, investidores entendem que o BC quer evitar exageros no mercado e entrou no mercado para reduzir o ritmo de queda do dólar após marcar a maior queda mensal em 13 anos ante o real em junho.

"O BC estava agindo como principal comprador de dólares no mercado brasileiro. Em um dia como hoje, em que tudo aponta para baixo, a ausência do BC chama atenção", resumiu o operador de um banco nacional à Reuters.

Véspera

Na véspera, o dólar subiu 0,86%, vendido a R$ 3,3659. Na semana, o dólar sobe 4,11%. Em julho, avança 4,74%, e no acumulado de 2016, recua 14,7%.

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