Distúrbio que afeta predominantemente os homens pode levar à sangramento excessivo

Redação PH

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Distúrbio que afeta predominantemente os homens pode levar à sangramento excessivo

O Brasil está em terceiro lugar no ranking de pacientes com doenças ou distúrbios do sangue (coagulopatias). As estatísticas, do Ministério da Saúde, indicam também que existem aproximadamente 12 mil pessoas com hemofilia – um distúrbio hereditário que afeta a coagulação do sangue levando a sangramentos prolongados externos, ou internos, dentro das articulações ou dos músculos.

De acordo com a Dra. Audrey Zeinad, hematologista que integra o corpo clínico do laboratório Cedic Cedilab, a hemofilia afeta com maior frequência a população masculina. “Isso acontece porque esta é uma doença hereditária relacionada ao cromossomo X. Já que o homem é formado pelo par de cromossomos sexuais XY, todas as suas filhas serão portadoras, e estas filhas poderão ter filhos hemofílicos (chance de 25%) e filhas portadoras (chance de 25%)”, explica.

A medicina identifica o hemofílico como aquele indivíduo que tem deficiência do fator VIII de coagulação, caracterizado como o tipo A, mais comum, ou o tipo B, pela deficiência do fator IX de coagulação. “Quando a pessoa sofre uma batida ou um trauma há um rompimento da parede do vaso, e o sangue começa a extravasar. O nosso corpo conta com um sistema de reações que fazem com que haja a formação de uma rede de fibrina, que impede que todo o esse sangue saía pela parede do vaso que foi rompida. Esse processo de coagulação fica deficiente em quem tem distúrbio dos fatores VIII ou IX”, completa a médica.

Quais são os principais sintomas do hemofílico?

·Desconforto, dor, dificuldade de locomoção ou inflamação na articulação (joelho, tornozelo, cotovelo) ou nos músculos.

·Hematomas.

·Sangramento excessivo.

Quando estes sinais podem ser percebidos?

·De forma espontânea ou após pequenos traumas, como ao dormir em cima do cotovelo por exemplo, ou ao andar um pouco mais do que o costume.

·Quando há casos confirmados na família, os pais devem ficar atentos, ainda mais no caso de meninos.

Quando devo me preocupar?

·O distúrbio é dividido em três níveis que são detectados por meio de exames de sangue.

·Quando o nível de fator coagulante está entre 5 e 30%, o distúrbio é leve. Com isso, a hemorragia acontece com menor frequência. A preocupação deve ser maior apenas durante extração de dentes ou cirurgias.

·Nos casos entre 1% a 4% de presença de fator coagulante no sangue, a hemorragia ocorre normalmente quando há traumas e pode ocorrer, com pequena frequência, de forma espontânea.

·Os hemofílicos com grau grave têm pouco ou nenhum fator coagulante no sangue, abaixo de 1%. Estes devem ter maiores cuidados no dia a dia já que têm tendência a sangrar frequentemente, mesmo sem nenhuma ocorrência de trauma.

Como eu descubro o nível do meu fator?

·Se houver histórico familiar a criança deve ser acompanhada desde cedo.

·Ao perceber os primeiros sintomas o médico deve ser procurado.

·Em geral, com a suspeita clínica, o médico irá pedir exames de sangue complementares para confirmar a suspeita.

·É o caso do exame chamado TTPA (Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada) que irá avaliar quanto tempo o sangue demora para coagular.

·Em seguida, faz-se o exame para mensurar a dosagem dos níveis dos fatores VIII e IX de coagulação sanguínea. Com essa informação é possível classificar o paciente nos níveis de gravidade do distúrbio.

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