Em meio aos escândalos de corrupção que envolvem as mais altas esferas do futebol mundial, o presidente da Federação Boliviana de Futebol e também tesoureiro da Conmebol, Carlos Chávez, corre o risco de ser condenado à prisão.
Ele é suspeito de ter desviado o dinheiro da bilheteria do amistoso entre Brasil e Bolívia, em abril de 2013, que deveria ser repassado à família de Kevin Beltran Espada, torcedor que morreu ao ser atingido por um sinalizador durante a partida entre Corinthians e San José, em Oruro, na edição daquele ano da Libertadores.
O cartola teve prisão preventiva determinada. Mas, em entrevista ao jornal local “La Razon”, Chávez disse que acusações são “sem pé nem cabeça” e negou a intenção de destinar parte da renda do amistoso à família do garoto: “Se houvesse sido em benefício da família Beltran, estaria nos documentos e entregaríamos o dinheiro para eles, mas não foi assim.”
Segundo a agência “Efe”, o promotor Ivan Montellano revelou que o dinheiro do amistoso serviu para pagar funcionários da Federação Boliviana. “O Brasil jogou de graça para ajudar a família de Kevin. No entanto, Carlos Chávez abusou dessa boa vontade e das pessoas que pagaram seus ingressos.”
Mais Oruro
Um dos 17 detidos na cidade de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, após um grupo de corintianos agredir vascaínos no aeroporto da região de Natal, na quarta-feira, estava entre os 12 torcedores do Timão detidos em Oruro após a morte de Kevin Espada.
