Dilma critica países desenvolvidos e defende refugiados

Redação PH

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Dilma critica países desenvolvidos e defende refugiados

A presidente do Brasil ressaltou mais uma vez o papel do Brasil no empenho global para diminuir os impactos humanos no meio ambiente. Além disso, Dilma Rousseff, que abriu nesta segunda-feira (28) a Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, nos EUA, criticou a falta de liberdade para a circulação de pessoas diante da crise humanitária envolvendo refugiados de regiões que sofrem com guerras e problemas sociais.

— Em um mundo onde circulam, livremente, mercadorias, capitais, informações e ideias, é absurdo impedir livre trânsito de pessoas.

Neste sentido, a presidente repetiu que o Brasil está disposto a receber refugiados do mundo inteiro.

— O Brasil é um país de acolhimento. Recebemos sírios, haitianos, homens e mulheres de todo o mundo.

No momento em que a presidente afirmou que a economia brasileira está de "braços abertos" para receber refugiados, a plateia presente na Assembleia aplaudiu com vigor a declaração.

Mudanças climáticas

Em relação ao aquecimento global, a presidente declarou novamente que até 2025, as emissões de gases de efeito estufa devem cair 37% no Brasil e, até 2030, 43% — ambos os valores são relativos aos níveis registrados em 2005.

— O Brasil está fazendo grande esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, sem comprometer nosso desenvolvimento. (…) O desenvolvimento sustentável exige a promoção do trabalho decente, a geração de empregos de qualidade e a garantia de oportunidades.

Em seguida, Dilma Rousseff citou os esforços do Brasil para a retomada do crescimento e do crédito diante da instabilidade econômica do mundo.

— Por 6 anos, buscamos evitar que os efeitos da crise mundial que eclodiu em 2008 se abatessem sobre nossa economia e sociedade. (…) Hoje, a economia brasileira é mais forte, sólida e resiliente do que há alguns anos. Temos condições de superar as dificuldades.

Reforma da ONU

A presidente começou seu discurso, para uma plenária lotada, falando da necessidade de mudanças na ONU, de forma que a instituição reflita o novo equilíbrio de forças da economia mundial, com os países emergentes, por exemplo, ganhando mais peso.

— Temos a esperança que a reunião que hoje se inicie entre para a história como ponto de inflexão na trajetória das Nações Unidas.

Ela ressaltou que a ONU teve avanços importantes em seus 70 anos destacando que o processo de descolonização "apresentou notável evolução", bem como questões para tratar das mudanças climáticas o fim da pobreza e desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, "temas como desafios urbanos e as questões de gênero e raça ganharam prioridade", disse ela.

A ONU, porém, não conseguiu o mesmo êxito ao tratar de outros temas, como a segurança coletiva.

— A multiplicação de conflitos regionais, alguns com alto potencial destrutivo, assim como a expansão do terrorismo, que mata homens, mulheres e crianças, destrói o patrimônio da humanidade, expulsa de suas comunidades seculares milhões de pessoas, mostram que a ONU está diante de um grande desafio.

A presidente do Brasil defendeu a reforma "abrangente" do Conselho de Segurança, com ampliação de seus membros permanentes e não permanentes. Ao longo do final de semana em Nova York, Dilma tocou no tema e se reuniu com Alemanha, Japão e Índia, que junto com o Brasil, foram o G-4, grupo criado especialmente para pedir reformas no Conselho. "Para dar às Nações Unidas a centralidade que lhe corresponde, é fundamental uma reforma abrangente de suas estruturas."

Corrupção

Antes de encerrar o discurso, a presidente afirmou que o País está lutando com seriedade contra a corrução. A líder destacou os avanços recentes em relação ao tema e pediu respeito às instituições nacionais.

— As sanções das leis devem recair sobre todos que praticaram atos ilegais.(…) O Governo e a sociedade brasileiros não toleram a corrupção.

Dilma Rousseff citou seu colega José Mujica como exemplo de democracia e integridade a ser seguido.

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