DF tem 16,2 mil casos confirmados e 13 mortes por dengue em 2016

Redação PH

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ministério da saúde convoca o cidadão para que no novo ano o combate ao mosquito faça parte da rotina

DF tem 16,2 mil casos confirmados e 13 mortes por dengue em 2016

Boletim divulgado nesta quarta-feira (6) pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal indica que a capital registrou 228 novos casos confirmados de dengue em sete dias, entre os dias 27 de junho e 4 de julho. Os dados revelam que a transmissão da doença pelo mosquito Aedes aegypti continua alta no DF, apesar da estiagem e da queda nas temperaturas.

O relatório mostra que 16.266 moradores do DF foram infectados pelo vírus da dengue desde janeiro. O número é 84,38% maior que os 8.822 casos registrados no mesmo período de 2015 e indica que, em média, 87 pessoas ficaram doentes por dia.

Desde o início do ano, o contágio pelo vírus foi mais intenso nas regiões de Brazlândia, Ceilândia, São Sebastião, Planaltina, Samambaia e Taguatinga. Juntas, elas respondem por 57% dos casos registrados na capital. Sozinha, Brazlândia registrou 1.922 casos em seis meses, 11,8% do total.

O balanço da Secretaria de Saúde também mostra que 4% dos casos atingiram crianças menores de 5 anos. De cada cem pacientes com dengue confirmada, 56 tinham entre 20 e 49 anos.

No relatório, a pasta reconhece que pelo menos quatro regiões do DF registraram epidemia de dengue em algum mês de 2016 – Brazlândia, São Sebastião, Itapoã e Estrutural. Pelo critério da Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença é classificada como epidemia quando atinge mais de 300 casos por 100 mil habitantes.

A OMS não define qual período de tempo deve ser usado pela contagem. No fim de maio, e considerando os dados acumulados desde janeiro, 18 das 32 regiões do DF tinham quadro de epidemia caracterizado.

Até a última segunda-feira (4), 27 casos de dengue tinham sido classificados como grave, sendo que apenas cinco foram curados. Os outros 13 pacientes morreram em decorrência da doença, segundo a secretaria.

Zika e chikungunya

O relatório da Secretaria de Saúde também lista dados relativos à febre chikungunya e ao vírus da zika, que também são transmitidos pelo Aedes aegypti. Diferentemente da dengue, os números mostram estabilização das infecções em relação a meses anteriores.

Em uma semana, os casos confirmados de chikungunya passaram de 126 para 130 no DF. Do total, 67 ocorrências (52%) foram registradas nas regiões de Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Gama e Asa Norte.

Os casos de doença aguda por zika ficaram estáveis desde o dia 27 de junho, de acordo com o relatório. Foram 172 ocorrências confirmadas em 2016. O número não pode ser comparado com as ocorrências de 2015 porque a doença só começou a ser identificada no segundo semestre.

A febre chikungunya é uma doença viral com sintomas parecidos com a dengue e transmitida pelos mesmos mosquitos, os Aedes aegypti e o albopictus. Entre eles estão dores fortes, principalmente, nas articulações, de cabeça e musculares, manchas vermelhas na pele e febre repentina e intensa, acima de 39 °C.

A recomendação em ambos os casos é de repouso absoluto e ingestão de líquidos em abundância. A automedicação é perigosa, porque pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro da doença.
Como ainda não existe vacina contra o vírus, o melhor método de prevenção está no combate à proliferação dos mosquitos transmissores. As recomendações são as mesmas já conhecidas para o combate à dengue: evitar água parada em baldes, vasos de plantas, ralos e outros recipientes.

Já a zika é caracterizada por manchas, mesmo com ausência de febre. "Podem vir aquelas manchas vermelhas pelo corpo e olhos vermelhos mesmo sem ter febre. O problema é que, apesar da pouca mortalidade, se a pessoa contrair durante o período que está grávida pode dar problemas na criança", diz a médica infectologista Rita Uchoa.

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