Deputados alertam a falta de infraestrutura da Politec de Tangará da Serra

Deputados se reúnem com os servidores da Politec de Tangará da Serra

Deputados alertam a falta de infraestrutura da Politec de Tangará da Serra

O gerente Abimael dos Santos, coordenador Edson José de Freitas Sobrinho e o médico legista Marcos Eiti Nishimura da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Tangará da Serra (MT) receberam os deputados estaduais Delegado Claudinei e Dr. João de Matos (MDB), na última quinta-feira (10), na sede da instituição. Na oportunidade, os parlamentares depararam com vários problemas e condições precárias para execução dos trabalhos pelos profissionais.

Além de Tangará da Serra, a unidade atende também 23 municípios. De acordo com Edson, um dos maiores problemas enfrentados pela instituição é o tamanho da região de atendimento que acaba dificultando os profissionais de terem êxito em algumas demandas. “Um dos problemas estão nas distâncias entre os municípios, sendo que existem regiões que estão na fronteira. Tem momentos que temos dificuldades de acessar certos municípios”, esclarece o coordenador.

Estrutura

Na oportunidade, os servidores apresentaram uma lista de materiais para atender o Instituto de Médico Legal (IML) do município. Dentre os materiais, constam mesas de necropsia, maca pantográfica, balança antropométrica de 120 a 300 kg, aspirador de secreção, fluído e sangue, foco cirúrgico auxiliar de três leds com bateria para necropsia, viatura para recolhimento de corpos, geladeira para acondicionar material biológico, máquina fotográfica digital, mesa para escritório, armário guarda-volumes com dez portas e de aço com quatro prateleiras.

“A gente queria sentir a sensibilidade da segurança pública do estado, o pessoal trabalha em prédio sem a mínima estrutura, equipamentos que não funcionam mais, precisamos olhar com mais carinho para a Politec. Eles são muito cobrados e eles não tem estrutura de trabalho. Estamos aqui, vendo as necessidades básicas para encontrar uma solução”, enfatiza Dr. João.

Para Abimael, a máquina fotográfica de elevação por sistema hidráulico iria facilitar muito para a equipe. “Precisamos de substituição, pois tem problemas constantes. Às vezes temos que fazer umas 20 fotos para fazer identidade. Estes equipamentos foram os primeiros que o Estado adquiriu, hoje tem uns mais modernos. A gente sofre muito com estes equipamentos”, esclarece o gerente.

Ele acrescenta que somente Tangará da Serra e Juína que colocam o papiloscopista para fazer identidade, já o restante dos municípios conta com serviço terceirizado. “Às vezes, o funcionário que poderia ajudar na escala de plantão, ele está aqui fazendo identidade. A gente não consegue fazer essa transição para a prefeitura assumir essa demanda”, lamenta Abimael.

“Realmente preocupante o que estes profissionais estão enfrentando para oferecer um atendimento de qualidade para o público. Há uma grande necessidade para aumentar o efetivo e ter melhorias nas estruturas física e de material. Sem contar os equipamentos obsoletos para proporcionar um atendimento hábil e eficiente ao público”, posiciona Claudinei que é presidente da Comissão de Segurança Pública e Comunitária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

Edson conta que a unidade precisa de mais peritos criminais, pois há servidores que tiraram licença prêmios, outros afastados por doença ou grupo de risco devido à pandemia da Covid-19. “A gente trabalha no limite. Os problemas são estruturais e falta de efetivo. Tem momentos que a pessoa entra em óbito e a família fica esperando por falta de papiloscopista. É direto assim”, ressalva o coordenador.

A Politec de Tangará da Serra faz parte do polo regional da Região Integrada da Segurança Pública (Risp) de Mato Grosso. Todas as demandas apresentadas aos parlamentares serão encaminhadas para o governo de Mato Grosso e, assim, tomarem as devidas providências.

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