Deputados acusam uns aos outros de furar fila na comissão do impeachment

Redação PH

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Deputados acusam uns aos outros de furar fila na comissão do impeachment

A fila de inscrições para pronunciamentos provocou um tumulto entre deputados no início da tarde desta quarta-feira (6), antes do início da sessão da comissão do impeachment convocada para a leitura do parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que deve ser favorável à abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Os discursos na comissão são organizados por ordem de chegada, e os parlamentares se irritaram com tentativas de colegas de burlarem a fila.

“Olha a fila!”, “respeita a fila”, gritavam os deputados, quando algum parlamentar se aproximava, pela lateral, do local de inscrição.

Os deputados Wadih Damous (PT-RJ) e Jandira Feghali (PC do B-RJ) foram alvos de protestos, apesar de dizerem que já estavam na fila. “Tem pedalada até na fila de inscrição!”, gritou para os dois o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). “Eu já estava na fila!”, respondeu Wadih Damous.

A sessão desta quarta da comissão é destinada a ouvir o parecer do relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO). A discussão sobre o texto deve se arrastar. A votação está prevista para a próxima segunda (11).

Após se reunir com líderes partidários, o presidente da comissão especial do impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF), disse que não houve acordo para reduzir o tempo de fala dos deputados e que é possível que as discussões sobre o parecer se estendam pelo fim de semana.

Protesto

O clima também estava tenso do lado de fora da comissão. Parlamentares contrários ao impeachment, com o apoio de um comitê formado por servidores do Congresso e organizações da sociedade civil, organizaram um protesto contra o processo de impeachment.

Sob gritos de "Não vai ter golpe, vai ter luta", deputados e senadores de PT, PCdoB e PSOL se revezavam discursando contra o impedimento da presidente Dilma Rousseff e pedindo também a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com cartazes e faixas, eles argumentavam que não houve crime de responsabilidade por parte da presidente.

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