Deputado Silvano cobra do Estado a reabertura da Delegacia de Polícia Civil em Nova Brasilândia

Redação PH

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temer recebe notificação de denúncia que pode custar seu mandato

Deputado Silvano cobra do Estado a reabertura da Delegacia de Polícia Civil em Nova Brasilândia

O deputado estadual Silvano Amaral (PMDB) esteve no município de Nova Brasilândia para participar da audiência pública que discutiu a reativação da Delegacia da Polícia Civil, fechada há quase 3 anos por falta de efetivo. Segundo relatos de moradores,a sensação de insegurança aumentou consideravelmente e isso tem tirado o nosso da população- situação reiterada pela conselheira tutelar Rejane Alves.

“A situação em Nova Brasilândia está tão complicada que até para fazer o exame de corpo de delito é necessário ir a Chapada dos Guimarães pelo menos três vezes. Está cada vez mais insustentável a situação por aqui (Nova Brasilândia)”, disse Rejane, ao explicar que para o perito da cidade realizar o procedimento precisa pegar a autorização pessoalmente com o delegado de Chapada e retornar a Nova Brasilândia e depois voltar com o laudo para Chapada e novamente se deslocar ao município.

A mesma situação reflete nas escolas de Nova Brasilândia. Segundo a diretora escolar Simone Regina de Castro, que atua em uma unidade de ensino voltado ao 3º ciclo, Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA), a presença dos chamados “boqueiros” (que vendem e consomem drogas) dentro das escolas é constanteo que tira a tranquilidade dos alunos, professores e funcionários das unidades.

“Esse efetivo está fazendo muita falta aqui. A sensação de insegurança só aumenta e não conseguimos resolver na conversa. A ordem pública em nossa cidade, infelizmente, só se consegue por meio da presença da polícia. Na escola onde trabalho, por exemplo, a gente não consegue controlar a presença de certos indivíduos. A pergunta é: se acontecer algo mais grave a gente recorre a quem, se nem uma delegacia temos mais?”, indagou a diretora, que também participou da audiência pública.

De acordo com o sargento Otávio Augusto, da Polícia Militar de Planalto da Serra-MT, a ausência da Polícia Judiciária Civil representa também risco aos próprios policiais, além de prejudicar o andamento dos trabalhos, uma vez que o deslocamento até Chapada dos Guimarães equivale a 6 horas de viagem (ida e volta). “Perdemos tempo e corremos riscos. Quando tínhamos a delegacia em Nova Brasilândia era muito mais eficiente e rápido. Gastamos muito tempo na estrada, pois são três horas para ir até Chapada e mais três para retornar a Planalto da Serra e, nesse intervalo, a cidade fica sem a presença de policiais”, ressaltou.

Durante a audiência pública, o delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, Fernando Vasco adiantou que solicitará à Delegacia de Chapada dos Guimarães, um levantamento das demandas de Nova Brasilândia e que a situação será discutida juntamente com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e que pretende o mais breve possível dar retorno a população local, além das autoridades políticas que cobram um posicionamento.

Para Silvano, é compreensivo que o momento pede controle de qualquer tipo de gasto, devido a crise financeira no Estado, porém considera o caso de Nova Brasilândia grave e cobra uma solução. A audiência pública realizada em Nova Brasilândia foi solicitada pelo deputado estadual Sebastião Resende (PSC) e contou com a presença de vereadores, representantes da Segurança Pública, segmento comercial, escolar e a própria população.

“As dificuldades são grandes, entendemos, mas também não dá para cruzar os braços diante de uma situação como esta que vem se arrastando em Nova Brasilândia. São quase oito mil habitantes envolvidos e que hoje não podem contar com um atendimento digno”, destacou o parlamentar que encaminhou indicação ao governador Pedro Taques, com cópia à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), pedindo providência quanto assunto.

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