Deputado pede atenção do governo à Empaer em Água Boa e São do José do Povo

Deputado pede atenção do governo à Empaer em Água Boa e São do José do Povo

O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi (PSB), encaminhou documento ao governo do estado, à Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e à Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) solicitando a reforma do prédio da Empaer em Água Boa (743 quilômetros de Cuiabá).

Segundo o parlamentar, a estrutura física do escritório encontra-se em estado precário, o que dificulta o bom atendimento à população. “O órgão é responsável pelas demandas do setor produtivo, especialmente da agricultura familiar. Por isso, é de extrema importância garantir melhor condição de trabalho aos seus técnicos”, observou Max Russi.

Em São José do Povo (263 quilômetros da capital), onde o número de habitantes já supera a casa de 4 mil habitantes, a situação é mais grave. Lá, o deputado solicitou dos órgãos competentes a continuidade das atividades do escritório da Empaer no município, que corre o risco de fechar as portas.  A reivindicação atende ao pedido do vereador Ivanildo Vilela da Silva.

No documento encaminhado ao governo, Max Russi argumentou que a maioria da população de São José do Povo vive na zona rural e, constantemente, necessita dos serviços prestados pelo órgão como assistência rural, elaboração e viabilização de projetos rurais, capacitações, cursos, análise de solo, orientação e elaboração de projetos dos governos federal e estadual, como Pronaf e outros, além de projetos de preservação de recursos naturais.

“O encerramento das atividades dessa empresa pública trará muitos prejuízos à população, que precisará se deslocar por centenas de quilômetros para conseguir acesso aos serviços. Outro fator que pesa bastante é o fato dos moradores da cidade não possuírem recursos financeiros para bancar os custos desse trajeto”, ressaltou o deputado.

Vale destacar que a maioria dos municípios de Mato Grosso possui como maior fonte de renda a agricultura e que a maioria é distante entre si.

De acordo com o vereador Ivanildo Vilella, o Júnior da Saúde, prefeito eleito na cidade, o número de pequenos produtores rurais em São José que dependem do escritório da Empaer supera a casa dos seiscentos trabalhadores rurais e atende cinco assentamentos. São eles: Sandrini, João Pessoa, Márcio Pereira, Padre Józimo e Primavera. Além desses, a Empaer de São José atende mais quatro comunidades, pertencentes a Guiratinga, Pedra Preta e Rondonópolis.

“A informação que tivemos é que o fechamento é por contenção de gastos. Mas nós vamos trabalhar alinhados para que isso não ocorra e a partir de primeiro de janeiro estamos à disposição para fechar parceria, se for o caso. Não podemos perder a Empaer. Esse fechamento causaria um transtorno enorme, sem contar que centenas de produtores terão que se deslocar até Rondonópolis para serem atendidos. Já perdemos uma delegacia, e se a agência fechar, corremos o risco de perder até o banco que temos aqui. Sei da competência e articulação do deputado Max e estamos convictos de que será possível reverter esse quadro”, ressaltou o prefeito eleito.

Risco de extinção – O mesmo fato ocorre em Gaúcha do Norte. Um documento também foi encaminhado pela Assembleia Legislativa aos órgãos competentes, pedindo que reconsiderem a permanência da Empaer no município para, assim, tranquilizar os produtores, principalmente aqueles que vivem da agricultura familiar.

O carro-chefe da economia de Gaúcha do Norte é o cultivo de soja, sorgo, a extração de borracha (seringueira) e criação de rebanho, além de outras atividades produtivas.

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