Na sessão matutina desta quarta-feira (08), o deputado estadual Ondanir Bortolini (PSD)- Nininho falou da sua indignação com relação à situação da saúde pública no estado. Durante discurso, o parlamentar destacou a decisão da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis em cancelar os atendimentos na UTI Pediátrica devido à falta de repasses do Poder Executivo. Vale lembrar que a UTI fecha as portas após 26 meses de inauguração.
Para o deputado, é inadmissível deixar a saúde chegar a essa situação. “Rondonópolis é um município-polo, responsável pelo atendimento de 19 municípios da região sudeste de Mato Grosso”. Com relação à paralisação da UTI neonatal, Nininho disse estar constrangido. “Foi uma luta a conquista dos atendimentos e a instalação da UTI neonatal para Rondonópolis. Conseguimos o recurso por meio de valores apreendidos pela justiça, e agora, depois de pouco mais de um ano de inauguração as portas se fecham por falta de repasses, não podemos e não vamos aceitar essa situação”, ressaltou Nininho.
De acordo com o deputado, que faz parte da base do governo, a saúde está mergulhada no caos. “Eu sou parceiro do governo, mas tenho cobrado diariamente uma solução eficaz para a saúde. Pessoas estão morrendo por falta de atendimento e isso, não posso simplesmente assistir”, lamentou o deputado.
Durante sua fala, o parlamentar cobrou a presença do secretário de Estado de Saúde, Luiz Soares, para dar explicações sobre a pasta, pois o período de planejamento já expirou. “Quero pedir o apoio de todos os deputados, para cobrarmos agilidade. Nós sabemos da competência do secretário de Saúde, porém, não podemos ficar parados na questão de levantamentos de dados, é preciso agir, e rápido”, ratificou Nininho.
Nininho também criticou a situação do VLT e a Greve do Detran-MT
Além da saúde pública, o parlamentar chamou a atenção dos deputados para uma solução da conclusão das obras da Copa do Mundo, especialmente o VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos). “Essas obras da Copa, quando assumimos este governo tinham que ter sido resolvidas. Não podíamos ter ficado com VLT que custa R$ 15, 16 milhões, parado sem ter tomado uma decisão efetiva”, disse o deputado estadual.
O deputado ainda alertou que o projeto do VLT é preciso sair da discussão para ação, e que existem muitos entraves. “Para as coisas acontecerem é preciso agilidade. Precisamos parar de olhar só para a gestão do governo passado, e começar a olhar para frente”.
Nininho afirmou que é da base do Governo, “defendo essa gestão desde o primeiro dia de mandato, não aceito mais esse discurso de culpar os governos anteriores. Nós tivemos três anos para tomar as atitudes e fazer as mudanças que deveriam ser feitas nesse Estado”, ratificou.
Sobre a greve dos servidores do Departamento de Trânsito Estadual de Mato Grosso (Detran-MT), que já completou dois meses, o deputado defendeu o projeto de terceirizar o departamento para atender as demandas. Nininho citou o modelo utilizado em Santa Catarina, “nós não vamos e não queremos prejudicar os servidores do Detran, porque, a terceirização dos serviços é uma medida que vai auxiliar os trabalhos dos servidores, e essa, é a única saída que temos”.