Deputado e vereador de Sinop vão ao Incra resolver impasse da Gleba Mercedes

Redação PH

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Deputado e vereador de Sinop vão ao Incra resolver impasse da Gleba Mercedes

Preocupado com o possível alagamento que poderá comprometer 215 lotes na Gleba Mercedes, o vereador Jonas Lima esteve na Assembleia Legislativa para pedir a intervenção do deputado estadual, Silvano Amaral (PMDB), no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Segundo ele, mais de duzentas famílias aguardam por indenizações que devem ser feitas pela Companhia Energética de Sinop (CES), responsável pela instalação da Usina Hidrelétrica (UHE), no município.

Jonas Lima ressalta que no local existem famílias que há muito tempo estão na área e que agora se vê desesperada, sem ter para onde ir. “Existem famílias que ocupam área há 18 anos e agora, se veem obrigadas a começar do zero. A indenização é só o primeiro passo, porque muitas estão preocupadas para onde vão. Por isso, nossa preocupação. O deputado Silvano também abraçou essa causa e o que mais queremos é que não seja uma inundação o presente de Natal dessas pessoas”, destacou o vereador.

De acordo com o deputado Silvano, o Incra já está ciente da situação e que tomará as devidas providências a fim de evitar que as famílias fiquem desabrigadas. “Nossa preocupação é muito grande, porque ali (na Gleba Mercedes) tem muita gente, inclusive crianças e idosos e não dá para perder tempo. O que tiver que ser feito tem que ser agora, enquanto a chuva não tomou proporção maior.

No entanto, segundo Silvano, existe uma preocupação ainda maior relacionada à falta de titulação dos assentados que pleiteiam a indenização. Isso porque o Incra, até o momento, não emitiu os títulos definitivos de propriedade para os assentados da Gleba Mercedes. O que significa, que da forma como está, os parceleiros, ou assentados, não podem, legalmente, negociar suas indenizações diretamente com a CES.

Em junho deste ano, dezenas de assentados, preocupados com o alagamento que pode acontecer a qualquer momento, protestaram em frente a sede da CES. O grupo utilizou de faixas e cartazes para cobrar providências dos diretores da usina. Vale ressaltar que as obras da usina seguem a todo vapor e está prestes a completar dois anos de construção.

Em entrevista a um site de Sinop, o membro do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Jeferson Nascimento, informou que a companhia já apresentou o "Caderno de Preços" (tabela de referência para pagamento das indenizações). O caderno aponta cinco modalidades para classificação das terras, com valores que variam de R$ 2 mil a R$ 46 mil cada item avaliado. “É uma margem muito grande. Não sabemos quais serão os critérios de enquadramento. Pode ser o valor correto, mas pode ser algo totalmente fora da realidade”, explica.

Ao site de notícias, o assentado citou como exemplo os valores referentes aos pomares. Um pé de banana, no caderno da CES, será indenizado em R$ 20. “Não paga nem a água que foi colocada no pé”, rebateu Rosilei Ribeiro Barbosa, assentada da Gleba, em entrevista ao site local. “As pessoas estão parando de plantar, pararam de investir em suas propriedades porque estão vendo as obras andarem e não tem resposta do que irá acontecer”, completou Jeferson.

Conforme o MAB, equipes da CES já entraram nas propriedades para fazer a demarcação dos limites onde a água do lago deve chegar.

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