Deputado defende que Cine Teatro seja nomeado de Adir Sodré

Fablicio Rodrigues/ALMT

Deputado defende que Cine Teatro seja nomeado de Adir Sodré

O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) utilizou a tribuna na manhã desta quarta-feira (12) na sessão ordinária da Assembleia Legislativa para homenagear o artista plástico Adir Sodré, que faleceu na segunda-feira (10) em decorrência de um infarto.

O parlamentar defendeu a ideia de que o Cine Teatro, administrado pelo governo do estado e localizado em Cuiabá, passe a ser chamado de “Cine Teatro Adir Sodré”.

“Faremos essa homenagem simbólica a este grande artista plástico que tanto orgulhou Mato Grosso”, disse.

Enquanto prefeito de Cuiabá, Wilson Santos nomeou Adir Sodré para o cargo de assessor técnico da Secretaria Municipal de Cultura e considera que o artista plástico foi peça fundamental no êxito das políticas públicas.

“Nós revalorizamos a cultura pantaneira e oportunizamos ainda incentivos as diversas manifestações culturais como o hip-hop, rasqueado e lambadão. No rock, surgiu grupos como Macaco Bong e o Vanguart”, disse.

História do artista

Adir Sodré de Souza participou de exposições coletivas organizadas pelo Museu de Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT. Participou também, entre outras, das coletivas ‘Como Vai Você, Geração 80?’, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, em 1983, e Modernidade, Arte Brasileira no Século XX, no Museu de Arte Moderna de Paris, em 1987.

Produziu também retratos de personalidades, partindo da reprodução fiel da fisionomia, mas fazendo uso do humor.

Adir Sodré nasceu em Rondonópolis em 1962, mas passou quase toda a vida em Cuiabá.

As pinturas de Adir Sodré são consideradas um registro da vida cotidiana nos bairros populares de Cuiabá e também da paisagem regional. Produz obras com temática social de caráter irreverente. Em trabalhos da década posterior, revela admiração pelo pintor francês Henri Matisse, usando cores puras e elementos decorativos em obras nas quais o erotismo é muito presente, como em Falos e Flores (1986) ou Orgia das Frutas (1987).

As obras sempre foram recheadas de elementos exclusivos do seu estilo como a melancia-vagina, montanha-seios, pênis-borboletas, num transbordante processo de erotização da natureza.

Em sua produção abordava temas relacionados à cultura regional e questões acerca dos povos indígenas.

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