Curso de Libras capacita servidores da ALMT para o atendimento a deficientes auditivos

Curso de Libras capacita servidores da ALMT
Karen Malagoli

Curso de Libras capacita servidores da ALMT para o atendimento a deficientes auditivos

Com o objetivo de promover a inclusão e oferecer um atendimento acessível a todos, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) deu início na segunda-feira (20) ao primeiro curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras).

“A capacitação realizada pela Escola do Legislativo em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), visa prepara os servidores do Parlamento para oferecer atendimento cada vez mais especializado e inclusivo”, explica o coordenador da Escola do Legislativo, Thales Rhoder.

A turma de 35 alunos é formada por servidores da ALMT e também do Ministério Público Estadual.

A realização do curso complementa os projetos estruturais em andamento na sede do Parlamento que visam melhorar os acessos ao prédio das pessoas com limitações.

“De que adianta você entrar, se não conseguir se comunicar e obter as informações que precisa”, enfatiza o coordenador. “A Assembleia precisa ser acessível como um todo para todos os cidadãos”, complementa.

“Como estamos em uma instituição de representação da sociedade também precisamos estar preparados para atender pessoas com essas limitações que vêm em busca de informações ou de ajuda”, avalia a servidora da Procuradoria da Casa Sônia Cardoso.

Este é o primeiro contato com a linguagem de sinais e Sonia afirma esta animada com oportunidade de aperfeiçoar a sua comunicação.

“Já fui a um evento de pessoas surdas e me senti deslocada, por não conseguir me comunicar. Pude sentir na pele essa dificuldade que eles enfrentam cotidianamente e fico feliz de poder fazer a diferença com esse conhecimento”, comemora.

Libras – A Língua Brasileira de Sinais é um conjunto de formas gestuais usadas por pessoas com deficiência auditiva para a comunicação entre elas e outras pessoas, sejam surdas ou ouvintes.

Ela é composta por níveis linguísticos como fonologia, morfologia, sintaxe e semântica e não simboliza simplesmente a gestualização da Língua Portuguesa.

Para se comunicar usando Libras, além de conhecer os sinais, é preciso conhecer também as estruturas gramaticais para combinar as frases e estabelecer a comunicação de forma correta. No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais foi estabelecida através da Lei nº 10.436/2002, como a língua oficial das pessoas surdas.

Também tramita na Câmara Federal, o Projeto de Lei 535/15 que estabelece a obrigatoriedade manter um intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para atendimento às pessoas com deficiência auditiva em âmbito federal, estadual e municipal aos órgãos que atuam com a prestação de serviços públicos específicos e fornecimento de informações.

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