Cuidados farmacêuticos auxiliam no combate à automedicação

Redação PH

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Cuidados farmacêuticos auxiliam no combate à automedicação

Alguma vez você comprou e fez uso de remédios sem prescrição profissional? A automedicação – o ato de tomar medicações por conta própria – é uma prática comum no país e já pode ser considerada um problema de saúde pública. Pesquisas indicam que 76,4% dos brasileiros possuem o hábito de se automedicar.

Em um ano, o brasileiro consumiu, em média, 700 doses de remédios comprados em farmácias, segundo a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), com base em dados da consultoria QuintilesIMS.Este quadro ainda pode se agravar em prol do envelhecimento da população – tendo em vista o aumento da expectativa de vida e a consequente adição de novas drogas à tratamentos pré-existentes.

Fortalecer o elo entre farmacêuticos e pacientes é um passo importante para avaliar e assegurar o uso correto de medicamentos e sua eficácia no tratamento. É o que alerta o Hospital Santa Rosa, em consonância com o “Dia do Farmacêutico” – celebrado no dia 20 de janeiro.

“Ter uma relação de confiança com o paciente é bom. O farmacêutico é especialista em medicamentos e pode orientá-lo em relação à sua prescrição médica – bem como tirar dúvidas. Às vezes, na correria do dia-a-dia, as pessoas não absorvem todas as informações necessárias em consultas ambulatoriais ou internações hospitalares”, esclarece a farmacêutica Veridiana Galetti de Rezende, coordenadora de Farmácia Clínica do Hospital Santa Rosa.

Tanto que uma pesquisa realizada pelo ICTQ (Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico), em parceria com o Datafolha, aponta que cerca de “40% dos brasileiros declaram não saber como consumir um medicamento de forma adequada a fim de assegurar seus efeitos e eficácia com segurança”. Enquanto que dados do Ministério da Saúde registram cerca de 60 mil casos de internações hospitalares derivadas do uso irracional de medicamentos nos últimos cinco anos.

Rezende também destaca que cada paciente deve ser encarado como único – e, com isso, cada medicação prescrita deve ser muito bem analisada. “Por exemplo, um paciente com problemas renais deve ser avaliado de acordo com o seu quadro clínico. Assim como um paciente idoso, que já faz uso crônico de medicação, pode vir a requerer reconciliação medicamentosa quando há necessidade de mudança de tratamento ou inclusão de novos medicamentos”, ressalta.

ATUAÇÃO – De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), os farmacêuticos podem atuar em 10 linhas diferentes e por 134 especialidades. Inclusive, desde 2013, por meio da Resolução Nº 586/13, ficou estabelecida a “prescrição farmacêutica”, em que o profissional pode recomendar a seleção de opção terapêutica, a oferta de serviços farmacêuticos e/ou o encaminhamento à outros profissionais ou serviços de saúde.

“Dentro do hospital, por exemplo, cabe ao farmacêutico – entre outras atribuições – analisar 100% das prescrições medicamentosas. Inclusive, com o objetivo de auxiliar o médico, quando necessário e/ou solicitado, na busca pela melhor terapia desse paciente. Ter uma equipe multidisciplinar e alinhada é essencial. O respeito mútuo entre todos os profissionais se reflete no bem-estar e segurança do paciente”, enfatiza a farmacêutica

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