CST vai debater o perfil das exportações e importações mato-grossenses

AL fará homenagem aos 50 anos da Casa Domingos

CST vai debater o perfil das exportações e importações mato-grossenses

A Câmara Setorial Temática da Assembleia Legislativa, criada para discutir as relações comerciais, econômicas culturais e políticas internacionais em Mato Grosso, –  realiza no próximo dia 29, a 2ª reunião ordinária do grupo. Nesse dia, será debatido o perfil das exportações e das importações mato-grossenses. O evento será realizada às 9 horas, na sala de reuniões Deputado Oscar Soares, 201.

Para discutir esse assunto, de acordo com o economista e presidente da Maurício Munhoz, a CST fez convites para a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Prosoja), do Porto Seco de Cuiabá, do Ministério Público e de várias secretarias de estado.

O convite foi estendido, ainda, de acordo com Munhoz, para o economista argentino Luiz Balbuena. Ele foi convidado para explicar o sistema tributário de outros três países que compõem o Mercosul – Argentina, Paraguai e Uruguai. Mas ainda a CST não obteve resposta de Balbuena. “Há grande chance de ele vir falar sobre esse assunto”, destacou Munhoz.

Na primeira reunião ordinária realizada pela CST ficou definido que os trabalhos serão divididos em três frentes: relações comerciais, relações políticas e relações culturais. Por isso, a câmara vai chamar a sociedade para discutir. “Aqui tem, por exemplo, artistas que expõem muito lá fora”, disse Munhoz.

O economista disse que a assinatura do acordo de livre mercado entre o Mercosul e a União Européia  – o acordo entre os blocos representa 25% do PIB mundial e engloba 750 milhões de pessoas – será fundamental e importante para Mato Grosso alavancar a economia.  O acordo entre os dois blocos foi fechado após dois dias de reuniões em Bruxelas.

“Não vamos fugir desse debate. Por isso a CST fez um convite oficial para o economista Luiz Balbuena para explicar como é o sistema tributário do Mercosul”, disse Munhoz.

Munhoz disse que a diferença da balança comercial (exportação x importação) é favorável ao superávit à economia local. Isso se dá, segundo ele, porque Mato Grosso é um estado produtor de commodities.

O presidente da CST afirmou que a câmara tem proposta de ampliar os trabalhos para alguns municípios de Mato Grosso. Um deles, segundo Munhoz, é Água Boa (cidade localizada 729 quilômetros da capital). Lá, por exemplo, será discutido o traçado da Ferrovia de Integração Centro Oeste – FICO, que é um projeto de ferrovia transversal brasileira com aproximadamente 1.641 quilômetros de extensão.

Outra frente que será trabalhada pela CST, de acordo com Munhoz, é a hidrovia do Rio Paraguai e as hidrovias de outros rios de Mato Grosso. Um dos pontos, de acordo com o economista, que está emperrando a viabilidade de criação das hidrovias em Mato Grosso é o meio ambiente.

“Aqui, o Ministério Público Federal travou as hidrovias nos rios de todo o estado. Com o multimodal (hidrovia e ferrovia), as cidades – da baixada cuiabana – passariam a ter um perfil mais comercial, exportando mais produtos industrializados, que commodities”, explicou Munhoz.

Munhoz fez um alerta ao afirmar que se Mato Grosso não sair da cômoda posição de mero exportador de commodities, vai ficar para trás no cenário econômico nacional e regional. “O estado não pode correr o risco comercial de produzir apenas commodities, temos que exportar produtos industrializados”, disse o economista.

A CST foi requerida pela deputada Janaina Riva e pelo deputado Thiga Silva, ambos do MDB. Além de Munhoz compõem a câmara Silvio Monteiro, Ariana Guedes, da Casa Civil do governo do estado, e os servidores Luciana Rosa Gomes, Luiz Caldart e Rafael Bastos, relator da CST.

+ Acessados

Veja Também