Há cerca de um ano de sua instalação, a Câmara Setorial Temática (CST) do Geoparque de Chapada dos Guimarães está na fase de elaboração do relatório final dos trabalhos. Nesse período, a CST elaborou cinco projetos de lei e várias recomendações a vários órgãos ligados a proteção ao meio ambiente

Na reunião de hoje (18), realizada na Assembleia Legislativa, o presidente da CST, Caiubi Kuhn, disse que a CST está trabalhando para finalizar a entrega do relatório até o final de junho deste ano. “Estamos finalizando os últimos detalhes do relatório para poder apresentar à sociedade mato-grossense e a Assembleia Legislativa”, disse Kuhn.

A CST, de acordo com Kuhn, já passou da fase da discussão do tema que foi proposto. Agora, a câmara está trabalhando à elaboração do relatório que vai mostrar o que foi discutido com os setores ligados ao meio ambiente, a sociedade local e com empresários.

Khun afirmou que o relatório também contempla o registro de todas as discussões realizadas com as diversas comunidades de Chapada dos Guimarães e, de alguns distritos da região. “O relatório vai mostrar como será a criação do geoparque no município de Chapada dos Guimarães e, como vai beneficiar as cidades ao entorno de Chapada.

Durante o período de discussão da criação do geoparque, segundo Kuhn, a população de Chapada dos Guimarães não se manifestou contrária a criação do geoparque.

“O projeto foi bem recebido tanto na zona rural quanto na zona urbana de Chapada e, ainda, nas comunidades Jangada Roncador, Água Fria, Comunidade do Rio da Casca e Cachoeira Rica. Nesses lugares, foram receptivas a proposta, assim como os empresários de Chapada dos Guimarães”, afirmou o presidente da CST.

Esse apoio, segundo Kuhn, foi reforçado durante a realização de um workshop – abril deste ano – em Chapada dos Guimarães. “Nesse evento ficou claro que a população local quer a criação do geoparque. Elas acreditam que é uma proposta que soma para o desenvolvimento e o crescimento para o município. A aceitação foi incrível”, comemorou o presidente da CST.

Caiubi Kuhn afirmou que a criação do geoparque vai dar visibilidade para alavancar o desenvolvimento do turismo e da economia da região. “Com o geoparque é possível que Chapada fique conhecido em todo o mundo”.

“Ele terá o respaldo da Unesco, que concede título de reconhecimento para a região. Ele entra no contexto de geoparque global que é divulgado mundialmente às pessoas que têm interesse no geoturismo e no turismo de natureza”, explicou Caiubi Kuhn.

De acordo com Caiubi Kuhn, o geoparque é um modelo de desenvolvimento regional que é alicerçado no geoturismo, na geoconservação e na educação. Os geoparque são propostos para territórios onde existe uma geologia excepcional, ou seja, única para o mundo e Chapada dos Guimarães tem isso. “Chapada tem uma geologia especial com vulcanismos, registros de mares e de desertos”, destacou Kuhn.