Crise econômica afasta produção do Audi Q2 no Brasil

Redação PH

Redação PH

ford focus rs é eleito carro do ano 2017 e conquista prêmio de melhor motor nos eua

Crise econômica afasta produção do Audi Q2 no Brasil

Lançado no início da semana no Salão de Genebra, o Audi Q2 teria o Brasil como destino certo, não fosse a situação ruim da economia. Segundo afirmou o chefe mundial de compras do grupo, Bernd Martens, o estudo para fabricar o Q2 na fábrica de São José dos Pinhais (PR) foi feito no ano passado, mas o projeto foi classificado como inviável, pelo menos por enquanto.
“Tentamos ao máximo viabilizar o Q2, mas dentro deste cenário econômico não será possível”, disse Martens, em entrevista na sede da Audi, em Ingolstadt, nesta quinta-feira (3).
O executivo afirmou também que o encolhimento da economia prejudica os planos da Audi para o Brasil.
“Estamos sem previsão de como este ano vai passar em termos econômicos e de mercado. Vamos manter os planos, tentar passar essa crise sempre olhando para o longo prazo. Mas essa situação econômica nos deixa em dúvida e com pensamento mais crítico para novos projetos no futuro”, explicou.
Menor SUV da marca
O Q2 tem 1,51 m de altura e 1,79 m de largura, com entre-eixos de 2,60 m e comprimento total de 4,19 m. No tamanho e na proposta, seria uma rival forte para o Mercedes-Benz GLA, e uma opção mais refinada para consumidores ávidos pelas versões topo de linha de Jeep Renegade e Honda HR-V.
Até mesmo a importação do crossover urbano é incerta, já que o preço chegaria bem perto do "irmão" maior, Q3, que começa a ser feito no Brasil ainda neste mês. “Seria um carro de nicho, com volume insignificante”, afirmou Martens.
Q3 nacional
Mesmo com o futuro obscuro do mercado, a produção do Q3 na linha de montagem em São José dos Pinhais começa ainda neste mês.
Segundo informou a Audi, o modelo nacional terá a mesma especificação da versão atual com motor 1.4.
Ou seja, o Q3 feito não deverá passar pela mesma transformação que o A3 Sedan sofreu para se tornar “brasileiro”. O crossover manterá o câmbio de dupla embreagem de 6 velocidades, que no A3 Sedan foi trocado por uma transmissão automática tradicional (com conversor de torque), e o motor continuará aceitando apenas gasolina.
Crescimento menor
Depois de uma alta de 40% em 2015, no Brasil, a Audi espera um avanço bem menor neste ano, de acordo com Martens. Em janeiro, a marca alemã observou crescimento de apenas 4%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A maior parte das vendas deverá sair da fábrica brasileira, que tem previsão de montar 10 mil unidades do A3 Sedan e do Q3 neste ano. O volume não é nem metade da capacidade total da planta de 26 mil unidades, que deve ser atingida apenas em 2020. Dependendo do cenário econômico, essa expectativa também pode ser revisada, segundo Martens.
Escândalo do diesel
Ainda nesta quinta, o presidente do conselho da Audi, Rupert Stadler, afirmou que a marca pertencente ao grupo Volkswagen se arrepende de fraudar os dados de emissões de poluentes de motores a diesel.
“Nós sinceramente nos arrependemos do que aconteceu. Vamos garantir transparência completa. E asseguro que vamos consertar. Imediatamente, após o problema ser anunciado pela Volkswagen, decidimos 3 coisas: esclarecer a questão, reparar a situação aos consumidores e, pensando no futuro, assegurar que a honestidade seja uma prioridade nos nossos negócios”, afirmou Stadler.
Os primeiros carros da Audi envolvidos no escândalo devem entrar em recall na Europa nas próximas semanas.

+ Acessados

Veja Também