Creche com 6 pares de gêmeos usa até tornozeleira de identificação

Redação PH

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Creche com 6 pares de gêmeos usa até tornozeleira de identificação

Uma escola pública de Florianópolis vive uma situação, no mínimo, curiosa. No Núcleo Municipal de Educação Infantil Otília Cruz, na Coloninha, região continental da capital, há seis duplas de gêmeos. "E eu ainda tenho outros dois pares à espera por vaga", conta a diretora da unidade, Fabrícia Souza.

Arthur e Beatriz têm três anos (Foto: Gabriel
Valentim/Prefeitura de Florianópolis)

A creche abriga 270 crianças em horário integral, das 7h às 18h30. Ao todo, são 15 salas, divididas em turmas de zero a um ano, dois a três anos, três a quatro, e assim sucessivamente, até os seis anos de idade.

Letícia e Eduarda, Giovannna e Guilherme e Júlia e Bruna, formam o trio de duplas de gêmeos com 2 anos de idade. Arthur e Beatriz têm 3 anos. Enzo e Davi, com 10 meses, e Maria Eduarda e Maria Vitória, com nove meses, são os mais novos.

A unidade, aberta em agosto de 2014, recebeu os primeiros dois pares de gêmeos logo na primeira semana de aulas. "A Letícia e a Eduarda, e a Giovanna e o Guilherme, na época com seis meses, foram os nosso primeiros gêmeos", conta a diretora Fabrícia.

"As Marias"; como chama a professora Joseane (Foto: Lucas Zeferino/Prefeitura de Florianópolis)

Em 2015, a creche ganhou mais uma dupla: Júlia e Bruna. A Beatriz e o Arthur chegaram à unidade neste ano, juntamente com os pequenos Enzo e Davi e as duas Marias.

Eduarda usa uma tornozeleira para se diferenciar
da irmã Letícia
(Foto: Lucas Zeferino/Prefeitura de Florianópolis)

Personalidade

Apesar da semelhança física, a professora Danielle Ferreira Gonçalves, responsável por dar aulas a Giovanna e Guilherme, e a Letícia e Eduarda, destaca a importância de trabalhar a individualidade em cada um dos pequenos.

Enzo e Davi têm 10 meses de idade
(Foto: Gabriel Valentim/Prefeitura de Florianópolis)

"O nosso papel é trabalhar eles como seres únicos. Temos esse desafio de desenvolver a identididade de cada um, mas também sempre lembrar e cultivar a irmandade entre os dois, é um balanço", afirma a professora.

Danielle conta ainda que os traços de personalidade são distintos entre os gêmeos e destaca esse diferencial como "norte" na hora de identificar cada um.

"É um grande desafio pra nós, professores, mas esses traços, como a Giovanna ser mais tímida, e o Guilherme mais extrovertido, me ajudaram a criar laços para poder identificá-los mais facilmente", explica.

Identificação

"As crianças conseguem identificar muito mais que nós. Os coleguinhas não erram quando chamam os gêmeos, mas a gente se engana as vezes", afirma a professora das "Marias" e de Enzo e Davi, Joseane Goedert.

Júlia e Bruna são univitelinas e tem 2 anos
de idade
(Foto: Gabriel Valentim/Prefeitura de Florianópolis)

Antes dos quatro pequenos, a educadora trabalhou com a Bruna e Júlia no primeiro ano de funcionamento da creche.

"Uma cena que me chamou atenção foi quando vi um coleguinha brincando com a Bruna enquanto a Júlia estava atrás dele e, quando ele olhou por trás das costas, viu a Júlia e ficou olhando pra frente e para trás algum tempo, como quem diz: "são duas, como asim?", lembra Josiane.

Para saber quem é quem entre a Eduarda e Letícia, a professora Danielle procura uma tornozeleira na perna da Eduarda: "Elas são muito parecidas, as vezes é difícil de identificar", conta.

Geovana e Guilherme tem 2 anos de idade (Foto: Petra Mafalda/Prefeitura de Florianópolis)

Para a diretora da creche, cada uma das crianças é única, e é nessa políticia que a unidade se baseia para educar os pequenos: "São crianças muito especiais e seres únicos. Temos um carinho muito grande e somos responsáveis pela parte mais importante da vida deles, que é a de formação".

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