CPI discute necessidade de fortalecer órgãos de controle de fiscalização tributária

CPI discute necessidade de fortalecer órgãos de controle de fiscalização tributária

CPI discute necessidade de fortalecer órgãos de controle de fiscalização tributária

Nesta terça-feira (16), a CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal realizou a primeira oitiva com a presença dos convidados do Ministério Público Estadual (MPE) – a procuradora Ana Cristina Bardusco e do Tribunal de Conta dos Estado (TCE), o auditor, Joel Bino.

“A vinda da procuradora enriqueceu os trabalhos desta CPI. Ela é uma profissional gabaritada e com amplo conhecimento em relação ao combate aos crimes de sonegação fiscal”, destacou o relator da CPI, deputado Ondanir Bortolini (PSD), Nininho. “As situações colocadas pela procuradora são pertinentes, quando a Dra Ana Cristina orienta que os encaminhamentos desta CPI devem focar na fragilidade dos órgãos de controle e na atual legislação”, destacou ainda o parlamentar.

Segundo Ana Cristina Bardusco, para que a legislação seja cumprida, é preciso atentar para uma ação preventiva.

“Acredito que esta CPI pode contribuir de maneira satisfatória e preventiva, impedindo que os crimes de sonegação sejam impossibilitados. O que eu oriento é que seja observada a atual legislação de incentivos, se os requisitos estão sendo cumpridos pelas empresas, e ainda, sugiro que, no caso de benefícios de incentivos fiscais, a exemplo do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (PRODEIC), não ocorra renovação”, orientou a procuradora.

Para o auditor do TCE, Joel Bino, existem dificuldades no acesso as informações de processos com sigilo fiscal. “Nós da área técnica temos a visão de que nossas auditorias têm que ser transformadoras. Não atuamos para punir ou culpar, são questões processuais, que precisam ser esclarecidas, até para que o Tribunal tenha entendimento sobre o que foi apontado. Porém, o que dificulta o nosso trabalho é o acesso a informações contundentes”, pontuou.

De acordo com o deputado Nininho chegou o momento de trabalhar com o objetivo de inibir os crimes fiscais, para ele a maior contribuição é trabalhar para que o Estado conquiste uma legislação segura.

“Talvez, somente a instalação desta CPI já iniba os sonegadores. Porém, temos que ter firmeza e cobrar mais dos órgãos de controle e fiscalização. Precisamos de uma legislação segura e eficaz. A arrecadação de Mato Grosso, mesmo atravessando a crise onde o Fundo de Participação dos Estados (FPE), cai em nível federal, a receita de ICMS cresce, mas precisamos alcançar um denominador comum”, recomendou o relator.

Participaram da reunião os deputados membros da CPI, Wilson Santos (PSDB), Carlos Avallone (PSDB), Max Russi (PSD) e Janaina Riva (MDB).

Agenda – No dia 23 de abril, às 9 horas, os membros da CPI ouvirão o empresário Aldo Locatelli. Conforme pedido do empresário, público e imprensa não terão acesso à oitiva. No dia 25 de abril, às 14 horas, serão ouvidos o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho; o procurador-geral do Estado, Francisco de Assis; o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, e o adjunto Fábio Pimenta, além do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda.

Já no dia 30 de abril, às 9 horas, a CPI vai ouvir o superintendente da Polícia Federal, Anderson Vieira. A comissão também aprovou o convite à Moisés Maciel, do Tribunal de Contas, onde a data será definida.

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