O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), informou nesta terça-feira (24) que convocará a ex-presidente da estatal Graça Foster para prestar depoimento na próxima quinta (26).

Ela será ouvida em substituição a Julio Faerman, ex-representante da empresa holandesa SBM Offshore no Brasil, cujo depoimento havia sido inicialmente marcado para esse dia. Mas a comissão não conseguiu localizá-lo a fim de notificá-lo da convocação. O pedido de convocação de Graça Foster foi aprovado no início do mês pelos integrantes da CPI

Após a reunião com o relator e os sub-relatores, Hugo Motta afirmou que, se Graça não puder comparecer, será convocado em seu lugar o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos operadores do esquema.

A ex-presidente da Petrobras já foi ouvida pela CPI mista que funcionou no ano passado, com deputados e senadores. Relatório paralelo apresentado por partidos da oposição chegou a pedir o indiciamento da então presidente da estatal.

Em fevereiro deste ano, Graça deixou a presidência da Petrobras após o intenso desgaste provocado pela Operação Lava Jato, que investiga superfaturamento de contratos e pagamentos de propina na estatal.

Os próximos depoimentos marcados pela CPI são os do ex-gerente-geral da refinaria Abreu e Lima Glauco Legatti, previsto para o dia 31 de março. Na semana seguinte, deve ser ouvido o novo diretor de Gás e Energia da companhia, Hugo Repsold.

Segundo o presidente da comissão, há acordo entre os partidos para votar dezenas de requerimentos em bloco, incluindo o de convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que se tornou réu em ação penal da Operação Lava Jato. Motta afirmou que a intenção é já definir a data do depoimento do petista o quanto antes e que é provável que já ocorra em abril.