CPI da Copa recebe ex-Secretaria Executiva do Núcleo Sistêmico da Sedtur

Redação PH

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CPI da Copa recebe ex-Secretaria Executiva do Núcleo Sistêmico da Sedtur

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa colhe depoimento de Juliana Fiúza Ferrari que à época dos fatos, ocupava o cargo de Secretaria Executiva do Núcleo de Cultura, Ciência, Lazer e Turismo, na sessão desta quarta-feira (4) às 14h. O núcleo sistêmico foi apontado por determinar o pagamento de contratos por dispensa de licitação através da Secretaria de Turismo (Sedtur).

Empresa que projetou Arena Pantanal já mantinha contato com o Governo de MT antes de ser escolhida

Na última sessão da CPI, o sócio e fundador da empresa GCP Arquitetos, Sergio Coelho, confirmou que antes que sua empresa ganhasse por menor preço a dispensa de Licitação, onde concorreu com outras duas, já mantinha contato com o Governo de Mato Grosso por intermédio do Secretário de Desenvolvimento e Turismo, Yuri Bastos.

O depoimento foi dado na reunião da última quarta-feira (28/10) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo. Também deram depoimentos a ex-servidora da Secretaria de Turismo (Sedtur) Lucélia Thatiana Maria da Silva e o superintendente de Projetos da Secretaria de Infraestrutura, Rogério Nogueira Dias.

A empresa GCP Arquitetos foi responsável pelos projetos básico e executivo da Arena Pantanal e recebeu do Estado de Mato Grosso R$14.200.000,00 (catorze milhões) pelo trabalho. Sergio Coelho afirmou durante a oitiva a troca de e-mails com a secretaria de Turismo de Mato Grosso, em 2008.

O engenheiro também revelou que as empresas que concorreram com a sua proposta eram de conhecidos e ex-colegas de trabalho. A Orbi Engenharia, uma das empresas, possui em seu cadastro de sócios, duas pessoas que já haviam feito parte do grupo societário da GCP Engenharia.

Edison Borges Lopes foi quem assinou a proposta da empresa Orbi, e foi sócio da GCP até meados de 2006. Carlos Eduardo Medina dos Santos, também foi sócio da GCP e fez parte do grupo Orbi, até 2011.

O deputado estadual Dilmar Dal Bosco solicitou a convocação dos representantes das duas empresas que apresentaram e concorreram com a GCP a elaboração dos projetos da Arena.

Para o presidente da CPI, Oscar Bezerra (PSB) ficou evidenciado que houve direcionamento para que a GCP ganhasse.

“Vamos apurar os fatos e queremos explicações de como isso ocorreu. Os outros depoimentos mostraram o despreparo técnico e que a equipe não tinha conhecimento do que assinava durante os processos iniciais de preparação da Copa. A servidora Lucelia atestou a nota de pagamento da empresa Castro Mello sem saber o que atestava. Ela estava cumprindo ordens do secretario da época. Porém afirmou ter autonomia para realizar tal fato. Vamos analisar com calma o seu depoimento, pois ela teria que ter analisado todo o processo para saber se de fato estava atestando algo que tinha sido solicitado", explica o presidente.

Durante a reunião o ex-juiz federal Julier Sebastião foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a liberação das obras do VLT, em 2012.

O senador Blairo Maggi (PR), governador à época em que Cuiabá foi escolhida como cidade-sede da Copa de 2014, entrou em contato com a CPI. Como o republicano tem foro privilegiado, não prestará depoimento presencial, mas se comprometeu a responder as perguntas por escrito.

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