Corpo de homem é velado no bar com roda de samba, cerveja e cachaça

Redação PH

Redação PH

temer concede reajuste de 12,5% no bolsa família

Corpo de homem é velado no bar com roda de samba, cerveja e cachaça

Quando Jamelão morreu, há oito anos, Zeca Pagodinho deu a letra: “Enterro de sambista não tem chororô. Enterro de malandro é alegria, é lembrar as boas conversas, tomar uma cerveja”. Pois foi assim mesmo o velório de Gleisson Silva, morador de Cachoeiro do Itapemirim (ES).

Com 68 anos de idade e casado a 44, Gleisson era conhecido como umbon vivantpelos (muitos) amigos da cidade capixaba. Rubro-negro de coração – a ponto de ser enterrado com a bandeira flamenguista sobre o caixão – era dono de um bar há mais de três décadas no bairro Ilha da Luz.

“Meu pai, quando ia ao velório de algum amigo, voltava triste e cabisbaixo. E ele sempre dizia: ‘no meu velório, não quero tristeza, quero samba, quero ser velado dentro do bar’”, contou o filho Glaucio Fragosos da Silva, de 42 anos, aoportal Gazeta Online.

O homem não resistiu a um acidente vascular cerebral (AVC), curiosamente na terça-feira de Carnaval (9). Ele se foi na sexta (11), mas não antes de lutar bastante e sofrer três paradas cardíacas, como quem não estivesse preparado ainda para deixar a família, os amigos e a boemia que o acompanharam por toda a vida. No mesmo dia, o corpo estava no conhecidíssimoboteco.

Ver as imagens

Amigos não deixaram o clima de‘fossa’ tomar conta da despedida. (Reprodução/YouTube)

“Acho que ao todo, entre idas e vindas, umas três mil pessoas passaram para ver meu pai. É muito bom saber que quando seu pai quando morre ele é bem quisto”, acrescentou Glaucio. A comoção na cidade do sul do Espírito Santo foi tão grande que a Guarda Municipal precisou fechar a rua para que todos pudessem dar adeus a Gleisson.

A roda de samba, porém, foi improvisada. Ainda de acordo com a publicação, as pessoas foram chegando ao poucos, cada um com seu instrumento e, quando se via, o barulho estava alto até demais. “Quando o negócio animava muito, alguém gritava: 'fala baixo que vai acordar o véio!’”, completou o filho de uma das pessoas mais queridas de Cachoeiro, num tom de brincadeira que o pai definitivamente aprovaria.

A festa de despedida adentrou a madrugada e foi acabar só na manhã do dia seguinte, quando o corpo foi enterrado. Na conta, ficaram 11 caixas de cervejas de 1 litro, 20 caixas de latas de 500 ml e nada menos que 15 litros de cachaça. Tudo foi consumido de graça, para comemorar a passagem deste entusiasta da vida por este mundo. Descanse em paz, Gleisson.

Veja abaixo como foi esse velório diferente:

+ Acessados

Veja Também