O Corinthians enviou para a Conmebol, nesta quarta-feira, a defesa que desenvolveu para Sheik e Mendonza. Os jogadores foram expulsos na partida da última quarta-feira, contra o São Paulo, pela fase de grupos da Libertadores. Porém, além de terem que cumprir um jogo de suspensão pelo cartão vermelho, a pena pode ser agravada porque ambos foram denunciados por “conduta violenta”, pois o juiz relatou que Mendonza tentou agredir Luis Fabiano e que Emerson chutou um adversário fora do lance.

“Fizemos a defesa por escrito, mandamos links com imagens da expulsão, entrevista dos jogadores. Se o julgador tiver um tempo para ver tudo que nós mandamos, com certeza teremos um final feliz. Mas se ele for simplesmente no relatório do árbitro, as chances são mínimas”, contou João Zanforlin, advogado do Corinthians, em entrevista ao ‘Esporte Notícia’, da Rádio Bandeirantes.

A partida foi apitada por Sandro Meira Ricci e, segundo o Timão, ele não relatou o que realmente aconteceu no jogo. Para Zanforlin, os árbitros brasileiros gostam de relatar nos mínimos detalhes tudo que acontece na partida, às vezes com certo exagero, e isso dificulta a situação na Conmebol, que já é difícil.

A entidade tem uma metodologia bem particular, o que preocupa o Corinthians. Os casos não são julgados, e o máximo que o clube pode fazer é enviar uma defesa por escrito. O juiz analisa e vê se cabe a punição.

“As informações que temos é que eles só ficam com a versão e narração do árbitro. Se for assim, não precisa nem de tribunal”, desabafou o advogado. “O Departamento Jurídico se manifesta e alerta e o Tite cansa de avisar que os jogadores devem tomar cuidado e jogar futebol para não termos esse tipo de problema”.

Agora, Tite deverá lidar com as ausências de Sheik e Mendonza, pelo menos no próximo jogo, contra o Guaraní, do Paraguai. Guerrero está de volta e Danilo, Malcom e até Vagner Love devem disputar uma vaga para jogar ao lado do peruano.

Não há uma data estimada para a decisão da Conmebol a respeito do caso.