Consumo das famílias surpreende e puxa resultado do PIB

Redação PH

Redação PH

consumo das famílias surpreende e puxa resultado do pib

Consumo das famílias surpreende e puxa resultado do PIB

Após nove trimestres de queda, o consumo das famílias voltou a crescer diante da recuperação da economia e estímulos aplicados pelo governo federal. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para um crescimento de 1,4% do consumo no segundo trimestre do ano frente ao imediatamente anterior.

Esse foi o maior fator de influência no resultado do Produto Interno Bruto do segundo trimestre do ano, que cresceu 0,2% frente ao trimestre anterior e 0,3% frente ao mesmo período do ano passado, maior que o estimado pelos analistas.

Ao mesmo tempo, o setor de comércio cresceu 1,9%, também o primeiro crescimento desde o primeiro trimestre de 2015. “O comércio, pelo lado da oferta, e o consumo das famílias, pelo lado da demanda, foram as principais influências para a variação positiva de 0,2% do PIB”, destacou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca País.

Nesse contexto, pesou para aliviar o bolso do consumidor e elevar o consumo a melhora dos indicadores econômicos, especialmente a inflação – que chegou a registrar deflação em junho e hoje marca 2,71%, o menor patamar em 18 anos.

“O crescimento nas despesas de consumo das famílias foi influenciado pela evolução de alguns indicadores macroeconômicos ao longo do trimestre, como a desaceleração da inflação, a redução da taxa básica de juros”, considerou o órgão.

Estímulos

Além do desempenho da economia, medidas de estímulo aplicadas pelo governo federal contribuíram para aquecer o consumo. Neste ano, foram injetados R$ 44 bilhões diretamente na economia por meio do saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

No lado da inadimplência, a equipe econômica atuou para alterar as regras do cartão de crédito, com o objetivo de reduzir os juros do rotativo e evitar novas dívidas ao consumidor.

Isso ocorreu em um contexto de queda da taxa básica de juros, a Selic, que saiu de 14,25% em junho do ano passado, para os atuais 9,25% ao ano. Principal ferramenta para evitar o crescimento da inflação, já que gera efeitos diretos em cima do consumo, a taxa vem caindo consistentemente diante da queda dos preços.

+ Acessados

Veja Também