Se for sentido ocasionalmente não é considerado um problema sério. Porém se o distúrbio se torna rotina e a sensação de mal-estar é constante, você deve prestar atenção.
A constipação intestinal é definida como uma alteração no funcionamento do intestino com duração mínima de três meses onde o paciente poderá ter uma frequência evacuatória menor que três vezes por semana com alteração no ato de evacuar e na qualidade das fezes, ou seja, fezes ressecadas com muita dificuldade para expelir.
O que pouca gente sabe é como a constipação se desenvolve, a alimentação pode ser uma das causas. Quando nos alimentamos, os alimentos seguem pelo sistema digestivo até o intestino, que se movimenta para empurrar o bolo alimentar e extrair nutrientes. Se esses movimentos diminuem, o organismo absorve água em excesso, tornando as fezes secas. É isso que causa dor.
Existem também algumas atitudes simples para aliviar os sintomas em longo prazo para reduzir a constipação. Consumir mais fibras, beber muito líquido, exercitar-se com frequência, não “prender” quando tiver vontade de ir ao banheiro, fazer as refeições nos mesmos horários todos os dias e mastigar bastante e lentamente são coisas simples de corrigir no dia a dia.
Mas se você observar alguma das características como a mudança nos hábitos intestinais persistindo por mais de duas semanas, constipação por mais de sete dias, mesmo depois de esforços como mudança na dieta e exercícios físicos, sangue nas fezes e forte dor abdominal, procure orientação de um profissional.
O médico proctologista pode realizar exames e sugerir tratamentos como laxantes e suplemento de fibras. Existem diferentes tratamentos para diferentes pessoas, deixe que seu médico indique o mais adequado.
Mardem Machado é proctologista e diretor clínico do Instituto de Gastroenterologia e Proctologia Avançado (IGPA)