Conheça as lendas do Cemitério da Saudade em Campinas

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Conheça as lendas do Cemitério da Saudade em Campinas

Você já ouviu falar em turismo cemiterial? Cada vez mais difundida e praticada em todo o mundo, esta é uma modalidade turística que também tem encontrado expansão no Brasil, atraindo milhares de pessoas todos os anos para as necrópoles do país além do tradicional feriado de Finados.

Os cemitérios ao redor do planeta guardam verdadeiros tesouros arquitetônicos e artísticos, de altíssimo valor financeiro e também histórico. Além disso, abrigam personalidades da música, da política, da arte, da literatura, e até mesmo figuras consideradas santas pela fé popular.

Além das necrópoles localizadas nas principais capitais do país, outros cemitérios espalhados pelo território nacional também são centros de visitação de curiosos e estudiosos. Um deles está localizado em Campinas, estado de São Paulo.

Cenário de filme e túmulos de milagreiros

O Cemitério da Saudade, um dos principais da cidade, é repleto de belas obras. Diversas estátuas e esculturas feitas por marmoristas italianos imigrantes estão no local, além de itens trazidos da Itália, fazendo do cemitério uma galeria a céu aberto.

O lugar ficou conhecido por ter sido cenário na gravação do longa-metragem “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, inspirado na obra de Machado de Assis. Lançado em 2001, o filme tem no elenco nomes como Sônia Braga, Reginaldo Faria e Walmor Chagas.

Além da arte, o Cemitério da Saudade também é lugar de fé. Considerados santos pelos populares, os moradores locais Toninho Escravo e Maria Jandira são homenageados pelos fiéis com orações, velas e coroa de flores em Campinas. O livro “Muito além da Saudade”, escrito pelo jornalista Élcio Henrique Ramos, fala da história do cemitério e conta um pouco sobre a vida destas pessoas.

Toninho Escravo: era escravo, mas chegou a conhecer a liberdade. Tinha uma grande amizade com seu patrão, Barão Geraldo de Rezende, e ficou conhecido como milagreiro em causas relacionadas à doenças. Faleceu em 1904.

Maria Jandira: Maria Jandira dos Santos nasceu em 1911. Conta-se que ateou fogo ao próprio corpo quando jovem, com apenas 23 anos, e acabou morrendo. Poucos anos após seu falecimento, iniciaram-se as romarias ao seu túmulo, e locais passaram a relatar milagres atribuídos a ela.

O Cemitério da Saudade é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc).

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