Concessão do transporte coletivo da capital foi discutida em audiência pública

Concessão do transporte coletivo da capital foi discutida em audiência pública
Ronaldo Mazza/ALMT

Concessão do transporte coletivo da capital foi discutida em audiência pública

O auditório Deputado Milton Figueiredo ficou completamente lotado na tarde de terça-feira (25), por ocasião da audiência pública que a Assembleia Legislativa realizou, atendendo a requerimento do deputado Wilson Santos (PSDB) para debater o transporte público da capital mato-grossense.

Além do requerente, que conduziu os trabalhos, a Casa também esteve representada pelos deputados Ulysses Moraes (DC) e Elizeu Nascimento (DC). Da Câmara Municipal de Cuiabá, vieram os vereadores Abílio Júnior (PSC), Diego Guimarães (PP), Felipe Wellaton (PV) e Dilemário Alencar (Pros).

Também compareceram ao evento, o titular da Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob), Antenor Figueiredo; a professora Marina Baltar, do curso de Engenharia de Transportes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); a defensora pública Cleide Nascimento; o presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos de Cuiabá (Arsec), Alexandro Lisandro de Oliveira; o presidente da Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU), Ricardo Caixeta; e o presidente da Associação dos Usuários dos Transportes Coletivos de Mato Grosso (Assut), Amado Santiago.

Em iniciativa inusitada e em razão do grande número de colegiais presentes à audiência, o deputado Wilson Santos também convidou a compor a mesa o estudante João Lucas Carrasco, 17, da Escola Estadual Honório Rodrigues de Amorim, que funciona no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.

Modernização – O secretário Antenor Figueiredo esclareceu a realização do procedimento licitatório para concessão da operação do sistema de transporte coletivo urbano. O edital prevê que as novas empresas vão poder operar por até 30 anos, sendo a concessão de 20 anos, prorrogáveis por mais 10.

Hoje, apenas 14% dos veículos que circulam pela capital têm ar-condicionado – pelo menos 30% da frota deverá ter o equipamento assim que o contrato para concessão for firmado. Até 2024, as empresas precisarão climatizar também os 70% restantes.

As interessadas no serviço também vão ter que oferecer veículos equipados quatro câmeras de vídeo – três internas e uma filmando o exterior –, carregadores para celular e internet wi-fi.

Parte dos ônibus terá que ser movida com sistemas elétricos e híbridos. Micro-ônibus também serão permitidos para atender regiões da cidade que não comportam os veículos tradicionais. Entre as novidades está a previsão de atendimento a distritos da zona rural de Cuiabá. Além disso, a prefeitura prevê reduzir a idade mínima dos ônibus, dos atuais cinco anos e meio, para 4 anos e meio, com a nova contratação.

As empresas participantes da licitação ainda terão que implantar um centro de controle operacional das linhas e projetá-las para que os ônibus operem em conjunto com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) – cuja obra não está concluída e não tem previsão sequer de ser retomada pelo governo.

A prefeitura exigiu ainda que as empresas também se preparem para a hipótese de o governo do estado trocar o modal sob trilhos para o Bus Rapid Transit (BRT), embora o governo não tenha sinalizado para essa possibilidade.

Além do centro de controle, a prefeitura também quer um controle público do sistema eletrônico de bilhetagem. E a manutenção do serviço Buscar, que atende pessoas com deficiência.

Atualmente, 150 mil pessoas usam o sistema de transporte coletivo de Cuiabá todos os dias. Elas são atendidas por 402 ônibus que circulam pela capital.

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